Nesta segunda-feira (25), a Polícia Civil deve ouvir o presidente da escola de samba Em Cima da Hora, responsável pelo carro alegórico que esmagou a menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos.
O presidente de honra da agremiação, Heitor Fernandes, é esperado na 6ª DP (Cidade Nova), que investiga o caso. Lá também deve depor o auxiliar da empresa Carvalhão, que estava trabalhando na hora do acidente.
A morte de Raquel está sendo investigada como homicídio culposo (sem intenção de matar). O carro alegórico da escola de samba envolvido no acidente nas imediações do Sambódromo, no Rio, foi apreendido para perícia.
O corpo da menina foi enterrado no Cemitério do Catumbi, no centro, na tarde de sábado (23). A criança não resistiu após ficar quase dois dias internada em estado grave. Ela sofreu traumatismo no tórax e precisou amputar uma perna no Hospital Souza Aguiar.
Em estado de choque, a mãe de Raquel, que está grávida, passou mal na porta do hospital e desmaiou ao receber a notícia da morte da filha.
O acidente aconteceu no 1º dia de desfiles das escolas de samba, na quarta-feira (20). Raquel subiu no carro alegórico no momento da dispersão na rua Frei Caneca. Quando o carro foi movimentado, a menina foi imprensada contra um poste.
Muito abalada, uma amiga da família disse que a menina foi à praça para passear com a mãe e que ela brincava quando houve o acidente.
“Raquel era uma criança. E, como toda criança, que sonha, que brinca, uma coleguinha a chamou para ver o carro. Quando a mãe foi ver, o acidente já tinha acontecido”, disse.
Após o ocorrido, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) afirmou que houve violação das regras de segurança recomendadas aos organizadores do Carnaval.
A Justiça determinou que os carros alegóricos sejam escoltados para evitar outros casos semelhantes.