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Na noite de quinta-feira (06), a Polícia Federal (PF) em Roraima prendeu o garimpeiro Eliézio Monteiro Nerj, foragido da Justiça após ser condenado por participar de um genocídio de indígenas ianomâmi há quase três décadas.
O Massacre do Haximu, como ficou conhecida a série de assassinatos, deixou 16 mortos em 1993, na região próxima à fronteira com a Venezuela. Entre as vítimas, estavam mulheres, crianças e um bebê.
De acordo com a PF, os agentes souberam que Nerj chegaria à capital roraimense pela rodoviária e solicitaram apoio da Polícia Militar (PM). O garimpeiro foi abordado quando estava em um supermercado. Ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde segue à disposição da Justiça.
O mandato de prisão contra Nerj foi expedido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em agosto de 2018. O caso é tratado como crime de genocídio desde 2006, a partir de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em denúncia, o Ministério Público Federal (MPF) apontou a participação de ao menos 22 garimpeiros no massacre. Apenas cinco, no entanto, foram condenados à prisão por genocídio, contrabando e garimpo ilegal. Entre eles, estava Nerj.