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O 4º suspeito de participação na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips se apresentou à polícia em São Paulo nesta quinta-feira (23). Gabriel Pereira Dantas abordou militares na praça da República, no centro da capital paulista, e disse que estava envolvido no crime.
Após relatar o caso aos policiais militares, ele foi levado à Polícia Civil para ser ouvido pelo delegado. Em seguida, foi transferido para a Polícia Federal, responsável por conduzir as investigações do crime.
Na delegacia, Dantas contou que foi o responsável por pilotar a canoa que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, usou na execução do crime.
Após os assassinatos, ele teria fugido para Santarém, no Pará. De lá, pegou um ônibus para Manaus, no Amazonas, seguiu para Rondonópolis, no Mato Grosso, e depois para São Paulo. Desde então, estava vivendo nas ruas.
Dantas disse que no dia do crime estava bebendo com Amarildo quando ele o chamou para pilotar sua canoa. O homem contou que não sabia que o objetivo do pescador era assassinar Bruno e Dom.
Ele também deu detalhes sobre a dinâmica dos assassinatos. Segundo Dantas, Amarildo atirou primeiro em Dom e depois em Bruno. Após isso, chamou mais duas pessoas que teriam sido responsáveis por ocultar os pertences do jornalista e do indigenista, jogando as mochilas na margem do rio.
O rapaz disse que é de Manaus, mas que estava vivendo em Atalaia, cidade próxima ao Vale do Javari, fugindo do Comando Vermelho, que o teria jurado de morte. A Polícia Civil informou que Gabriel Dantas não tem registro na polícia.