Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Nos últimos dez anos, cresceu o consumo de álcool e drogas no Brasil por adolescentes. A informação consta em estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na quarta-feira (13).
De acordo com o estudo, o país também registrar queda significativa no uso de preservativos nessa faixa etária.
O levantamento comparou os dados das quatro edições mais recentes da pesquisa, em 2009, 2012, 2015 e 2019. Foi feito com alunos do 9° ano do ensino fundamental (entre os 13 e os 17 anos) das redes pública e privada em todas as capitais brasileiras. O IBGE consultou cerca de 160 mil pessoas.
Embora tenha sido feito antes da pandemia, o trabalho sugere aumento da vulnerabilidade entre os jovens, que pode ter aumentado depois do novo coronavírus (Covid-19).
A experimentação de bebida alcoólica cresceu de pouco mais de 50% em 2012 para quase 65% em 2019. O aumento foi mais intenso entre as meninas (de 55% para cerca de 70%, no mesmo período) do que entre os meninos (de 50% para aproximadamente 60%).
O consumo excessivo de álcool (quatro doses para as meninas e cinco para os meninos em um mesmo dia) também aumentou.
Foi de cerca de 20% em 2009 para 25% em 2019 entre eles e de 20% para 25% entre elas.
A experimentação ou a exposição ao uso de drogas cresceram em uma década. Foi de pouco mais de 8% em 2009 para 12% em 2019. A saúde mental dos jovens em 2019 — portanto, antes do isolamento social — já era considerada preocupante, sobretudo entre as meninas.
Pelo menos 45% delas (contra pouco mais de 22% deles) relataram a sensação de solidão. Mais grave ainda, quase 35% delas (contra 15% deles) disseram sentir que a “vida não vale a pena”.