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Na manhã desta quinta-feira (28), seis centrais sindicais decidiram aderir ao manifesto em defesa da democracia que está sob organização da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Atualmente, a Fiesp foi comandada por Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, empresário que ocupou o posto de vice de Lula.
O documento deve ser divulgado no dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito da USP, mesmo dia em que também será lida a carta dos juristas pelo estado democrático de direito.
Vão apoiar o documento a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central.
No dia anterior, o manifesto havia ganhado a adesão da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e outras entidades do empresariado, como a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), e organizações da sociedade civil, como Comissão Arns, Conectas e Pacto pela Democracia.
“Nada é mais caro à classe trabalhadora do que a democracia”, disse o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.
Para o dirigente sindicalista, a união entre o empresariado e os sindicatos em defesa do sistema eleitoral e do respeito ao resultado das urnas é uma mostra do “amadurecimento de todos e do quanto a democracia é um valor que nenhum brasileiro abre mão”.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, afirmou que “quem sabe os riscos que um retrocesso nesse campo representa entende como é importante participar desse manifesto”. “Em abril, nossa pauta já falava em democracia, empregos e direitos”, disse.
Para Torres, a adesão das centrais sindicais ao manifesto da Fiesp remete aos tempos das Diretas Já. “Passamos agora há pouco no Vale do Anhangabaú e falamos exatamente disso, do quanto aquela mobilização foi importante para a história do país.”