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Polícia dá como certo que cônsul alemão assassinou marido no Rio: ‘Não temos dúvidas sobre a autoria’

A delegada Camila Lourenço, responsável pela investigação da morte do belga Walter Henri Maximilien Biot afirmou nesta segunda-feira (08) que a polícia não tem dúvida sobre a existência do crime.

No sábado (06), o cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, marido de Biot, foi preso como principal suspeito da morte.

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“A gente não tem dúvida sobre a existência do crime. Queremos saber o que teria motivado, qual o plano de fundo, os bastidores, como estava o clima do casal, qual a relação do casal. Essas circunstâncias vão ser importantes, não para definição se autoria, que já está definida, mas para incidência de circunstâncias que vão qualificar o crime e na persecução penal que vai interferir na pena”, afirmou a delegada.

Por volta das 13h, a diarista que trabalhava na casa do casal chegou à delegacia do Leblon. A delegada acredita que o depoimento dela pode ser determinante para a conclusão do caso.

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Ainda segundo a delegada, a vítima tinha inúmeras lesões e até uma mangueira de ar-condicionado teria sido usada nas agressões.

“Foi uma sucessão de espancamentos. Uma das lesões é compatível com pisadura humana na região da costela e outra decorrente de ação contundente com objeto cilíndrico. A gente apreendeu uma mangueira de ar-condicionado que pode ter sido utilizada para realizar as agressões. Também foi apreendido um bastão. Ele foi espancado”, afirmou.

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Durante a perícia no imóvel, os investigadores encontraram manchas de sangue em diversos cômodos do imóvel.

Segundo a delegada, a explicação do cônsul para a família foi que o marido teve um infarto.

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“Ele [o cônsul] teria que apresentar uma versão, tinha que justificar a morte do marido para os familiares. Ele contou que o marido infartou. A versão que ele apresenta para pessoas de seu convívio, inclusive para a secretária dele, era que o marido havia infartado”, explicou a delegada.

Ainda segundo a delegada Camila Lourenço, os peritos encontraram o apartamento do casal “em completo desalinho”.

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A delegada ainda lembrou que, antes do trabalho de perícia, a secretária do diplomata tentou limpar algumas manchas de sangue no imóvel.

“O apartamento estava em completo desalinho. Chegou ao nosso conhecimento que antes da perícia de local, a secretária do cônsul ingressou no imóvel e limpou uma mancha de sangue no local onde o cadáver foi encontrado. Ela alegou que limpou ali porque o cachorro estava tendo contato com aquela mancha de sangue”, explicou.

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Além dessa mancha de sangue na sala, os investigadores identificaram que alguém no local teria tentado esconder outras evidências do crime.

“Os peritos identificaram no quarto, na fronha onde o casal dormia, manchas de sangue, na fronha, no chão e no banheiro. Esse banheiro era uma suíte e na porta de entrada tinha um baú, uma mobília que havia sido colocada ali, meio que para dificultar o ingresso. Como se a pessoa estivesse numa tentativa desesperada de tentar ocultar elementos que pudesse incriminá-la”, disse a delegada.

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“O apartamento estava sujo, mas houve uma tentativa de ocultar indícios. Como se fosse uma tentativa desesperada de dar um jeitinho. Um jeitinho atrapalhado que não conseguiu encobrir a verdade”, completou Lourenço.

“Me perguntaram se poderia ser uma prática sexual. Pode ser, mas não é uma tese que a gente tá abraçando. Não descartamos essa tese porque existem algumas lesões muito singulares, que nos levam a crer que pode ter havido isso”.

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Foram apreendidos um porrete e um chicote verde no apartamento do casal. Segundo Camila Lourenço, não há dúvidas sobre a causa da morte do belga.

“A causa determinante para a morte foi um traumatismo craniano na região da nuca. Não há dúvidas que a causa da morte foi essa. A ação contundente gerou uma infiltração hemorrágica e essa foi a causa morte. Mas há um contexto que sugere ter havido espancamento”.

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“Segundo o perito, algumas das lesões eram recentes e outras mais antigas, o que sugere que ele vinha sendo agredido, que ele vinha sofrendo espancamentos, mais ou menos uns dois dias. Isso pra mim tá claro”.

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