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A empresa ÁS Formaturas prometeu não repassar aos alunos o prejuízo de R$ 927 mil que teve com o desvio do dinheiro para o evento por Alicia Dudy Muller Veiga, presidente da comissão de formatura de medicina da USP.
A empresa se encontrou com o Procon-SP ontem (12). Ela também concordou em bancar com fornecedores a mesma estrutura da festa que havia sido contratada.
Em entrevista coletiva, o chefe de gabinete Procon-SP, Guilherme Farid, afirmou que o contrato entre as partes foi fechado em 2019.
No entanto, a pessoa jurídica que formalizou a negociação, que seria uma associação dos formandos, nunca foi registrada.
“O contrato foi celebrado entre duas pessoas jurídicas. Mas os alunos teriam que ter criado uma associação, registrado no tabelião de notas e formado pessoa jurídica. Teria representatividade legal”, afirmou Farid.
De acordo com o Procon, o negócio foi “mal elaborado” e fechado informalmente.
A empresa tem 15 dias para entrar em contato de forma individual com os cerca de 130 alunos envolvidos e apresentar a proposta. A ÁS já havia feito a celebração da turma anterior, a 105ª.
Das mais de 100 pessoas interessadas no evento, quem deliberava sobre os valores era um grupo formado por cerca de 20 pessoas, e as comunicações eram feitas via WhatsApp.
Se os alunos aceitarem o plano, que deve se desenrolar em um ano até a realização, o Procon irá acompanhar o caso.
Se forem comprovados ao fim de todo o processo problemas relacionados com a empresa, uma multa de até R$ 12 milhões pode ser aplicada.
No domingo, os estudantes resolveram montar uma “vaquinha” para captar doações online.