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Desde criança, sempre vi minha mãe receber felicitações e abraços no dia 8 de março. Certa vez, meu pai apareceu de surpresa em nossa casa e trouxe um humilde raminho de flores, colhidas por ele mesmo, para a minha mãe — na ocasião eles já estavam divorciados. Até hoje não sei onde ele encontrou aquele ramo meio murchinho — eu sinceramente espero que não tenha sido em algum cemitério —, mas eu me lembro de achar toda aquela atmosfera do “Dia da Mulher” extremamente romântica.
Em minha escola — assim como na maioria —, a data sempre serviu de pretexto para as professoras empurrarem feminismo para dentro das nossas inocentes cabecinhas imaturas. Todas as meninas da sala recebiam um bombom sonho de valsa, e a lição de casa era escrever um cartão carinhoso para as mulheres de nossas vidas. Éramos todas super-heroínas independentes e autossuficientes e claro, muito mais importantes do que os homens. Afinal, eles sequer eram lembrados em época nenhuma do ano. E nós… Bom, nós tínhamos um dia só para celebrar a nossa importância. Isso só poderia significar que mulheres são naturalmente superiores. Ao menos era isso que queriam que eu acreditasse.
Tudo aquilo era bonito e atrativo, porém, fui crescendo e, quando coloquei o meu pé direito para fora da matrix gramsciana-marxista, e entendi a origem e os objetivos da data, o segregacionista “Dia Internacional da Mulher” desmoronou no meu imaginário. Eu finalmente percebi a bruxa grotesca, com uma verruga na ponta do nariz, que estava por trás dessa “inocente” comemoração.
Hoje mesmo, enquanto lhes escrevo esse artigo, o presidente socialista, Luiz Inácio Lula da Silva, está anunciando um pacote com 25 medidas em celebração ao Dia da Mulher que prometem ajudar a sociedade brasileira a superar a fantasiosa “desigualdade de gênero”. Um lero-lero para agradar à ONU, grupos feministas, e passar uma imagem “positiva” perante a comunidade globalista internacional. Os fantoches da América Latina sabem que quando Soros e seu asseclas sorriem, a mágica dos financiamentos milionários acontece.
O Grupo de Trabalho da Agenda 2030 da ONU celebrou o dia em seu Twitter pregando “acesso universal à saúde sexual e reprodutiva das mulheres” —, leia-se descriminalização do aborto. É notável que há uma instrumentalização da data para promover bandeiras globalistas. Até o tema “mudanças climáticas”, que aparentemente não tem nenhuma relação com a data, aparece no site da ONU como pauta do dia 8 de março.
“O ano de 2022 é fundamental para alcançar a igualdade de gênero no contexto das mudanças climáticas e a redução do risco ambiental e de desastres, que são alguns dos maiores desafios globais do século XXI. Sem a igualdade de gênero hoje, um futuro sustentável e um futuro igualitário permanecem fora de nosso alcance”, diz o portal oficial da organização.
Também em ritmo de comemoração ao ‘Dia Internacional da Mulher’ deste ano, a Revista Exame publicou algumas frases famosas para celebrar a data. Um verdadeiro show de horrores. Entre as citações, está a frase da marxista francesa — apologista da pedofilia — Simone de Beauvoir: “Não se nasce mulher: torna-se”. É nesse território manicomial que adentramos ao pesquisar sobre as filósofas e teóricas feministas que basearam as “lutas” desses movimentos ao longo da história. Sobre o 8 de março, basta puxar um pouco do fio e caímos inevitavelmente no balaio do feminismo marxista.
Dia Internacional da Mulher: uma data socialista
O 8 de março é fruto de movimentos internacionais que diziam lutar pelos direitos das mulheres na Europa e nos Estados Unidos. Um dos nomes de destaque na sua criação é o da feminista marxista alemã Clara Zetkin, do Partido Socialista dos Trabalhadores da Alemanha. Foi ela que, em 1910, em Copenhague, propôs a criação de um ‘Dia Internacional da Mulher’ como uma jornada de manifestações anuais pelo socialismo, pelos direitos trabalhistas femininos e pelas mulheres socialistas.
O primeiro Dia da Mulher já havia sido celebrado um ano antes, nos Estados Unidos, por iniciativa de mulheres do Partido Socialista da América, — note que sempre há algum partido socialista envolvido em toda essa história — no entanto, foi a proposta de Zetkin, inspirada na experiência americana, que originaria a comemoração universal. As celebrações tiveram início em 1911, em 19 de março, que seria oficialmente o primeiro Dia Internacional da Mulher, na Alemanha, na Dinamarca, na Suíça e no Império Austro-Húngaro.
A ideia foi apresentada por Zetkin na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em 1910, na capital dinamarquesa. Com a violenta Revolução Russa comunista de 1917, a data passou a ser celebrada em 8 de março nos países comunistas e pelos movimentos socialistas, sendo definitivamente fixada nessa data em 1921. O 8 de março acabou sendo incorporado pelas Nações Unidas (ONU) em 1975, em meio às comemorações do Ano Internacional da Mulher. A partir daí, a data passou a ser abertamente um espaço para coletivos feministas promoverem pautas como direito ao aborto, desconstrução dos sexos e a utópica igualdade de “gênero”, dentro de empresas, escolas, universidade e em manifestações de rua.
“Feminismo está condenado ao fracasso porque é baseado em uma tentativa de revogar e reestruturar a natureza humana”.
– Phyllis Schlafly, ativista americana conservadora e antifeminista.
Por essas razões – e inúmeras outras que posso explanar em um próximo artigo – hoje, 8 de março de 2023, rejeito a segregação e dou uma banana para o “Dia Internacional das Mulheres”. Nós não precisamos de uma data estabelecida pelos globalistas da ONU, tampouco de grupos socialistas feministas para que nos sintamos valorizadas. Celebremos diariamente as diferenças naturais entre homens e mulheres, e a importância de ambos na construção da família e de uma sociedade saudável.
Feliz quarta-feira qualquer!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Gazeta Brasil