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Nesta sexta-feira (17), o Ministério do Público Federal (MPF) no Distrito Federal instaurou, uma apuração preliminar para investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro por suposto peculato no caso das joias trazidas da Arábia Saudita.
O órgão acata uma representação feita pela deputada Luciene Cavalcante (PSOL-SP). Ela afirma que as supostas condutas de Bolsonaro, Michelle, Bento Albuquerque e Gomes para liberar os artigos de luxo são marcadas por “imoralidade, desarrazoabilidade e prejuízo aos cofres públicos” e devem ser investigadas.
O caso das joias veio à tona, no último dia 4, com a reportagem do “Estado de S. Paulo” informando que o governo de Jair Bolsonaro (PL) teria tentado trazer ao Brasil de forma ilegal, sem o pagamento de impostos, joias (colar, anel, relógio e um par de brincos) e um relógio que, somados, valeriam cerca de R$ 16,5 milhões. O ministro da Justiça, Flávio Dino, acionou a PF no dia 6 de março para investigar o pacote de joias e o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou uma oitiva com Bolsonaro e Albuquerque sobre o caso. Ao tomar conhecimento das investigações, Bolsonaro negou que os presentes do governo saudita fossem para uso pessoal dele e de sua esposa.
Na quinta-feira (15), os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) julgaram o caso das joias. Por decisão unânime, os ministros determinaram o prazo de 5 dias para que Bolsonaro devolva às joias do segundo estojo. O tribunal também atendeu a sugestão do ministro Benjamin Zymler e determinou a entrega de um fuzil e uma pistola que Bolsonaro recebeu de presente em 2019 dos Emirados Árabes.