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Nesta sexta-feira (24), o Ministério do Trabalho e Emprego informou ter encontrado cinco trabalhadores em situação análoga à escravidão nas instalações do festival Lollapalooza, que começa hoje em São Paulo. As empresas T4F, responsável pelo evento, e Yellow Stripe, que opera os bares do festival, foram notificadas.
Segundo os auditores fiscais, cinco homens que trabalhavam para empresa terceirizada Yellow Stripe, responsável pela venda de bebidas no festival, estavam dormindo entre fardos de bebidas, sobre pallets e colchonetes, em tendas montadas dentro do complexo do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista. A vigília seria necessária para garantir a segurança da mercadoria.
Os funcionários foram contratados com a promessa de receberem R$ 130 por dia, com uma jornada de trabalho chegando a 12 horas, tendo iniciado o trabalho em 16 de março e trabalhariam até o fim do evento, em 26 de março. Parte dos resgatados começou a trabalhar no dia 16, outra no dia 17. Desde então, segundo disseram à fiscalização, eles não conseguiram voltar para casa e tomavam banho em uma casa locada pela terceirizada, que seria responsável pela distribuição das bebidas que seriam vendidas nos três dias de festival.
A empresa responsável pelo Lollapalooza que o pernoite naquele local é proibido, que rompeu o contrato de terceirização com a Yellow Stripe e que se certificou de que todos os direitos dos trabalhadores sejam garantidos, conforme as diretrizes do próprio ministério.
“Três tinham colchonetes porque conseguiram trazer de casa e os outros 2 dormiam sobre papelões e madeirites nos pallets de bebidas”, disse a auditoria fiscal do Trabalho em comunicado.
Depois do resgate, os trabalhadores resgatados receberam os direitos devidos no valor aproximado de R$ 10.000 para cada