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Funcionárias da Petrobras relatam em grupo de WhatsApp assédio de chefes e abusos sexuais

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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Funcionárias da Petrobras relataram em um grupo de WhatsApp dezenas de episódios de assédio sexuais cometidos por colegas de trabalho e superiores hierárquicos. O caso aconteceu quando estavam embarcadas em plataformas e também em outras unidades da estatal.

As denúncias de assédio foram reveladas pelo colunista do jornal “O Globo”, Ancelmo Gois.

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O canal de notícias GloboNews teve acesso a um compilado de 53 mensagens com relatos de pessoas que foram vítimas dos abusos ou também testemunhas de agressões contra as trabalhadoras.

Confira alguns exemplos abaixo obtidos pela emissora:

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  • “A gente botava cadeira na porta à noite porque era proibido trancar… Uma amiga passou por uma situação bizarra. Chegou no camarote e tinha um cara mexendo nas calcinhas dela”;
  • “Voltando de um evento da gerência à noite, dividi o uber com o meu gerente imediato. Quando chegou na casa dele, ele começou a me agarrar. Depois de conseguir fazer com que ele parasse, ele veio insistir que queria ir para minha casa, obviamente não deixei”;
  • “Embarquei uma única vez, no curso de formação. Me colocaram num quarto com um químico. No começo fiquei de boa pq a gente tinha horário trocado e nunca via ele no quarto. Até um dia que entrei e ele estava deitado assistindo um filme pornô na tv do quarto. Saí na mesma hora para falar com o fiscal que não ficaria mais naquela situação”;
  • “A recepcionista da gerência que eu trabalhava teve o seio apalpado por um petroleiro, dentro da empresa. O caso virou o escândalo da gerência e todo mundo soube do caso, mas a chefia não fez nada. A moça foi transferida de área”.

Em 2022, funcionárias terceirizadas do Centro de Pesquisas da Petrobras, na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio, denunciaram um petroleiro por assédio sexual.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou o agressor por assédio e importunação sexual contra uma mulher, que prestava serviços à empresa.

De acordo com o MP, o agressor “esfregou por três vezes o pênis nas nádegas da vítima, conforme registro de ocorrência feito pela vítima” e tentou forçar relações sexuais com ela.

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Além disso, segundo o MP, usando de sua condição de superior hierárquico, o petroleiro “balançava seu crachá e passava a constrangê-la de forma insistente, mesmo com a sua recusa, tendo por fim surpreendido a funcionária, enquanto a mesma realizava a limpeza de uma pia, a abordando pelas costas e esfregando o pênis em suas nádegas”.

As denúncias de outras duas auxiliares de limpeza contra o mesmo petroleiro também foram feitas à Polícia Civil do Rio.

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