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Uma feira de universidades israelenses na Unicamp, em Campina (SP), foi suspensa na tarde desta segunda-feira (3) após um ato de grupos de militantes de esquerda. A fachada do prédio foi pichada com a mensagem “Palestina Livre”. Em nota, a Federação Israelita do Estado de São Paulo criticou o que considerou ser “ação marginal dos manifestantes”.
A Federação Israelita, em sua nota, disse que “as imagens de manifestantes acuando e hostilizando os representantes das universidades israelenses são repugnantes e precisam ser investigadas. A Unicamp é um espaço democrático que, inclusive, mantém seis convênios com universidades israelenses, sempre trabalhando no sentido de fazer a cooperação mútua entre os dois países”, disse.
“A violência é a marca principal de algumas das manifestações pró-Palestina pelo mundo, aqui no Brasil não podemos admitir que isso aconteça”, prosseguiu a Federação Israelita.
A feira reuniria, na área da Comvest (Comissão Organizadora dos Vestibulares), representantes das Universidades de excelência de Israel, entre elas: Universidade Bar Ilan, Universidade de Haifa, Universidade Hebraica de Jerusalém, Universidade de Tel Aviv e Technion – Israel Institute of Technology.
“Se a UNICAMP mantiver esta feira, estará não apenas legitimando o apartheid israelense sobre o povo palestino, mas admitindo que a humanidade pode tolerar o apartheid e outros crimes de lesa-humanidade, todos presentes na Palestina e praticados por Israel, como aceitáveis em qualquer parte do mundo, talvez até aqui, contra parcelas do povo brasileiro”, disse o presidente da FEPAL, Ualid Rabah.
Em 28 de março, o reitor, Antonio José de Almeida Meirelles, informou que a feira estava mantida em sessão do Conselho Universitário, órgão que faz as principais deliberações da instituição.
Uma parte dos estudantes chegou a fazer um abaixo-assinado para reforçar um pedido de cancelamento feito pela Federação Árabe Palestina no Brasil (Fepal).
O que diz a Unicamp
A Reitoria da Unicamp informa que a Feira de Universidades Israelenses não pôde ser realizada por força de manifestações contrárias à sua ocorrência. A saída, com segurança, da equipe promotora do evento ocorreu após negociações com os representantes da manifestação. A Unicamp ressalta que o direito à livre manifestação será garantido desde que essas sejam realizadas de forma pacífica e desde que não haja o impedimento de atividades acadêmicas devidamente autorizadas pelas instâncias decisórias da Universidade.