Brasil

Estados amazônicos têm até 40% dos peixes contaminados por mercúrio, aponta estudo

(Imagem meramente ilustrativa)

Pesquisas realizadas com peixes adquiridos em centros urbanos da região amazônica indicaram contaminação por mercúrio em níveis acima dos seguros em todos os estados do Norte. Os resultados mais significativos foram observados em Roraima e Acre, que apresentaram 40% e 35,9%, respectivamente, dos peixes com altos níveis de concentração do metal tóxico, amplamente utilizado em atividades de garimpo nessa área.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Iepé (Instituto de Pesquisa e Formação Indígena), Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Greenpeace, Instituto Socioambiental e WWF-Brasil, mais de um quinto (21,3%) dos peixes que são consumidos pelas famílias na região Amazônica apresentam níveis de mercúrio acima dos limites de segurança estabelecidos pela Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO/WHO) e pela Agência de Vigilância Sanitária brasileira (ANVISA).

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Segundo um estudo realizado pelo Iepé, Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Greenpeace, Instituto Socioambiental e WWF-Brasil, mais de 20% dos peixes consumidos pela população amazônica apresentam níveis de mercúrio acima dos limites de segurança estabelecidos pela FAO/WHO e pela ANVISA. O estudo considerou dados de seis estados amazônicos, tendo avaliado peixes vendidos em estabelecimentos comerciais nas cidades.

Os resultados indicam que em algumas cidades do Amazonas, como Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, esse índice chega a 50%. A média geral, no entanto, é menor do que em Roraima, considerando todos os municípios estudados.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Segundo levantamento realizado pelos pesquisadores, foi identificado um alto índice de contaminação de peixes nos estados do Acre, Amazonas e Roraima. Foram analisadas amostras de 80 espécies de peixes, coletadas em todas as capitais dos estados em questão, bem como em 11 municípios do interior.

Os resultados indicaram uma média de 35,90% de peixes contaminados no Acre, 11,40% no Amapá, 22,50% no Amazonas, 15,80% no Pará, 26,10% em Rondônia e 40% em Roraima. Para os pesquisadores, a alta contaminação pode estar relacionada ao avanço de garimpos de ouro na região.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Durante um período de 18 meses, entre março de 2021 e setembro de 2022, foram coletados um total de 1010 peixes, de 80 espécies diferentes. Essas amostras foram obtidas em 17 municípios pertencentes aos seis estados que compõem a região Norte do país. A coleta foi realizada em locais como mercados públicos, feiras-livres ou diretamente com pescadores nos pontos de desembarque pesqueiro.

De acordo com estudos realizados, as crianças com idades entre 2 e 4 anos e mulheres em idade fértil são os grupos mais vulneráveis aos efeitos nocivos do mercúrio presente em peixes contaminados. A ingestão de mercúrio entre crianças dessa faixa etária pode chegar a ser até 31 vezes maior do que a dose recomendada, enquanto que para mulheres a ingestão pode ser até 9 vezes superior ao recomendado.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile