Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
De acordo com um estudo chamado “Para onde vai a direita”, conduzido pelo Instituto Locomotiva e Ideia Instituto de Pesquisa e divulgado pelo jornal Valor, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é considerada como a figura que melhor representa a continuidade do bolsonarismo, segundo a opinião dos entrevistados. Pesquisa também constatou que a maioria dos eleitores deste campo político está aberta a novas lideranças, mesmo que não tenham o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Embora a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) seja apontada como a opção mais provável para suceder o bolsonarismo, os entrevistados foram questionados sobre qual representante dessa corrente política teria as melhores qualidades para assumir a presidência da República, e as respostas mais frequentes indicaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Os entrevistados notaram os pontos fortes de Michelle, incluindo sua vasta experiência, conhecimento sobre a atual administração e habilidade para liderar o país. Tarcísio, por sua vez, foi considerado um forte candidato, com grande potencial para manter a agenda do bolsonarismo e assumir a presidência. Contudo, ele ainda precisa de mais exposição pública para ser mais conhecido e consolidar sua posição. Especialistas acreditam que isso pode ser alcançado por meio de uma maior presença na mídia.
Além dos nomes de Michelle e Tarcísio, o nome do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também foi mencionado.
De acordo com a pesquisa, foram considerados os eleitores que escolheram Bolsonaro em 2018, totalizando 58 milhões. Destes, 28% afirmaram que estariam dispostos a votar em outro candidato de direita, desde que este conte com o apoio do ex-presidente. Por outro lado, 18% dos entrevistados não veem nenhuma outra opção além de Bolsonaro para liderar a direita.
O estudo identificou outras lideranças de centro-direita ou direita que possuem elevado grau de reconhecimento junto à população, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a ministra do Planejamento Simone Tebet (MDB) e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Apesar disso, eles não foram apontados como potenciais sucessores do atual governo. Quatro governadores – Cláudio Castro (PL) do Rio de Janeiro, Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais, Ratinho Júnior (PSD) do Paraná e Eduardo Leite (PSDB) do Rio Grande do Sul – também foram mencionados como lideranças de direita, mas nenhum deles se destaca como um possível substituto de Bolsonaro.