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O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta quarta-feira (2) que as denúncias de tortura e execuções durante a operação Escudo, da Polícia Militar, no Guarujá, no litoral paulista, não passam de narrativas.
Ele deu a declaração durante discussão durante a CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
“Não passa de narrativa. Essas narrativas de que houve tortura, que foram executados. Todos os exames do Instituto Médico Legal, as necrópsias não apontam nenhum sinal de violência, muito menos de tortura. É um documento oficial”, disse Derrite.
Durante uma discussão na Câmara dos Deputados, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) questionou o secretário de Segurança Pública de São Paulo sobre a atuação das forças policiais no litoral. Sâmia disse que o estado havia vivido a segunda maior chacina de sua história, só perdendo para o Carandiru. “Vivenciamos a segunda maior chacina do Estado de São Paulo, só perde para o Carandiru”, disse Sâmia. “Não há nenhuma prova de qualquer uma dessas pessoas tenham alguma coisa a ver com o assassinato desse policial”.
Em resposta, Derrite mencionou o caso de uma policial militar que foi baleada por criminosos em Santos e disse que esperava que Sâmia, como mulher, defendesse a policial.
“Eu achei que a senhora, como mulher, iria defender a policial que tomou tiros de fuzil pelas costas do crime organizado. Eu achei que a senhora fosse defender”, disse Derrite.
“O que existe pela primeira vez no estado de São Paulo é um governador que tem coragem de enfrentar o crime organizado”, disse o secretário de segurança de SP.
Eis a declaração de Derrite na CPI do MST:
O secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, defendeu a Operação Escudo, realizada pela PM, que matou pelo menos 16 pessoas no Guarujá. Em depoimento à CPI do MST, ele rebateu as críticas da deputada Sâmia Bomfim que chamou a ação da polícia de “chacina”.… pic.twitter.com/ckkQwvGBGb
— Gazeta Brasil (@SigaGazetaBR) August 2, 2023