A polícia da Bahia prendeu nesta segunda-feira (4) três pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato da líder quilombola Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete.
A idosa foi morta a tiros em sua casa, no quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, no dia 17 de agosto. O crime foi praticado na frente de três netos da vítima.
A informação das prisões foi dada pelo secretário estadual da Segurança Pública, Marcelo Werner. Ele não revelou os nomes dos presos, mas disse que duas armas foram apreendidas durante a operação.
A morte de Mãe Bernadete teve repercussão nacional e internacional. A ministra Rosa Weber, presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou o governo federal para esclarecer o crime.
O Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União também se manifestaram sobre o caso. A agência de direitos humanos da ONU na América Latina também condenou o assassinato e pediu apuração rigorosa do episódio.
O assassinato da líder quilombola colocou ainda mais pressão sobre o governador Jerônimo Rodrigues (PT), cuja gestão já vinha sendo bastante criticada em razão dos altos índices de criminalidade registrados no estado. Na semana passada, uma chacina deixou nove mortos, incluindo três crianças, na cidade de Mata de São João, na região metropolitana de Salvador.