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Governo de SP anuncia fim da Operação Escudo na Baixada Santista, sob pressão

Foto: Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP

Após 40 dias de operação, o governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (5) o fim da Operação Escudo, que foi iniciada no litoral paulista em resposta ao assassinato de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias (Rota) durante uma ação policial em Guarujá.

O anúncio foi feito pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante uma entrevista coletiva.

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A Operação Escudo deixou ao menos 28 pessoas mortas, sendo que a última foi confirmada na segunda-feira (4). O caso, segundo a SSP, aconteceu durante um patrulhamento policial, em que houve tiroteio e tentativa de atingir os policiais, que acabaram se defendendo e atingindo o homem. O resgate foi acionado, mas quando chegou ele já estava morto.

De acordo com Derrite, o litoral paulista continuará com o apoio da Operação Impacto, que estava em andamento na região antes da Operação Escudo. Com a mudança, os policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) que estavam no local para dar apoio voltarão para suas bases.

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“Mais do que um recado, é uma demonstração clara que o Estado não será afrontado em nenhuma ocasião aqui em São Paulo. Esperamos que operações como a Escudo não sejam necessárias, mas operações Escudo serão desencadeadas para garantir que não haja um Estado paralelo”, disse.

Durante 40 dias de operação, 958 pessoas foram presas, sendo que 382 eram procuradas pela Justiça. Além disso, 117 armas de fogo e 977 quilos de drogas foram apreendidos.

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Questionado sobre o pedido da Defensoria Pública de São Paulo à Justiça para suspender a operação caso os policiais não usassem câmeras nas fardas, Derrite disse que não teve conhecimento sobre o fato.

 “Ao longo de toda a operação nós vimos alguns apontamentos dizendo que denúncias haviam sido feitas, dizendo que houve execução e nos laudos do IML. Nenhum laudo aponta sinais de execução, que houve tortura e nenhum laudo e necrópsia do Instituto Médico Legal, o órgão responsável técnico, nenhum aponta um hematoma, uma queimadura de cigarro. Isso não foi apontado e nós temos como comprovar isso pelo brilhante trabalho da polícia científica”, disse Derrite.

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O fim da operação foi recebido com críticas por parte de instituições e autoridades que defendem os direitos humanos. Um deles foi o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), que reuniu ao menos 11 relatos de violações dos direitos humanos durante a Operação Escudo. Com isso, o conselho recomendou ao governo paulista que encerrasse a operação e apresente, em até 20 dias a partir de 1º de setembro, esclarecimentos sobre as circunstâncias das mortes em decorrência da intervenção policial.

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