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Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (5), no Hospital São Luiz, no Itaim Bibi, Zona Oeste de São Paulo, onde o músico está internado, o neurocirurgião Manoel Jacobsen Teixeira detalhou o estado de saúde de Mingau.
“Atendemos o Mingau no domingo, nós fizemos os exames clássicos e adequados para a situação — incluindo exames de imagem da cabeça aos pés. Ele foi para o centro cirúrgico, uma vez que havia traumatismo craniano, para prevenir infecções e remover situações de coágulos que se formam no tecido traumatizado. Tudo foi feito de acordo com as normas e as técnicas adequadas. Ele está em uma unidade neurointensivista. Operações futuras podem ser necessárias, mas só o tempo irá dizer. Na UTI se fazem exames e se avaliam”, disse neurocirurgião Manuel Jacobsen.
Segundo o médico, a bala atravessou o crânio na região frontal esquerda, sem deixar resíduo dentro do crânio. A área afetada pela bala é responsável por funções motoras, da linguagem e da visão.
“O projétil penetrou na caixa craniana na região frontal esquerda, ele não foi retido dentro do crânio, ele provavelmente transfixou e se perdeu no ambiente onde houve o acidente”, contou.
Mingau segue sedado e com ventilação mecânica na UTI do hospital. O principal foco dos médicos é o tratamento da pressão intracraniana do paciente.
“Traumas dessa magnitude apresentam 3 fases: trauma, inchaço cerebral e vigilância (despertar, controle infeccioso). Hoje o Mingau está sedado e está na fase de controle da hipertensão craniana. Prognosticar um paciente nesse momento é difícil. Estamos ao lado dele em todo momento, dando todos os cuidados”, explicou o Dr. Thiago Romano, coordenador médico da Unidade de Terapia Intensiva.
Segundo Jacobsen, é difícil estabelecer um prognóstico para Mingau, pois o quadro é grave e pode haver sequelas.
“A neurologia depende muito das habilidades do neurocirurgião, dos cuidados de UTI, mas depende muito de condições individuais de cada pessoa”, ressaltou o médico.
“É difícil estabelecer um prognóstico devido às condições biodinâmicas. Operações futuras podem ser necessárias. Só o tempo vai dizer […] É uma condição grave, mas nós temos que aguardar o tempo. A neurologia depende muito das habilidades do neurocirurgião, dos cuidados de UTI, mas depende muito de condições individuais de cada pessoa”, disse Jacobsen.
“Até o quarto dia, temos um momento crítico, manter o doente sedado e monitorado é essencial. Estamos no pico do inchaço, não existe um tempo para tirar a sedação, precisamos ter certeza de que tudo está controlado. Uma parte importante do tratamento do Mingau é o tempo.”, relatou o neurocirurgião, que não descarou uma nova cirurgia. “No pós-operatório de uma cirurgia, alguns problemas podem surgir, o que pode acarretar novas cirurgias. Possibilidades existem, mas são moldadas de acordo com as situações. O que ocorre a seguir depende da avaliação”, disse o Dr. Manoel Jacobsen.