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Exército destitui diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo após furto de 21 metralhadoras

(Divulgação)

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O tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista foi destituído do cargo de diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) na sexta-feira (20), de acordo com uma publicação no Diário Oficial da União. Sua destituição ocorreu após o furto de 21 metralhadoras do AGSP em Barueri, região metropolitana. O coronel Mário Victor Vargas Júnior, de 48 anos, foi nomeado como seu substituto e assumirá o comando do quartel.

A destituição de Rivelino foi anunciada um dia antes pelo general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste (CMSE), durante uma coletiva de imprensa na sede do órgão, em São Paulo. Segundo Maurício, a decisão de destituir Rivelino do Arsenal de Guerra foi feita pelo comandante do Exército Brasileiro, o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Rivelino optou por não comentar sobre sua destituição.

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Embora o Exército não tenha evidências da participação de Rivelino no desaparecimento das 21 metralhadoras, ele era o responsável pelo AGSP. O roubo do armamento tornou sua permanência no quartel insustentável perante seus superiores e subordinados.

A descoberta do sumiço das armas ocorreu durante uma inspeção realizada em 10 de outubro. O Comando Militar do Sudeste revelou que uma investigação interna apontou o envolvimento de mais de três militares no furto, que teria ocorrido entre os dias 5, 6, 7 e 8 de setembro. Embora eles já tenham sido identificados, seus nomes não foram divulgados à imprensa, e ainda não foram presos. O número total de envolvidos no crime também não foi informado. Todos responderão a inquéritos e poderão ser punidos administrativamente, expulsos ou detidos.

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O Exército suspeita que os militares tenham sido cooptados por facções criminosas para negociar a venda das metralhadoras. “A linha de investigação mais provável é a de que as armas foram desviadas mediante furto com participação de militares do Arsenal de Guerra de São Paulo, embora nenhuma hipótese tenha sido descartada até o presente momento. Há possibilidade de o extravio ter ocorrido no lapso temporal de 5 a 8 de setembro”, disse o general Maurício.

Na mesma quinta-feira, a Polícia Civil encontrou oito das 21 metralhadoras furtadas do quartel em Barueri, no Rio de Janeiro. Foram apreendidas quatro metralhadoras de calibre .50 e quatro metralhadoras calibre 7,62. As outras 13 armas continuam sendo procuradas pelo Exército, pela Polícia Civil e pela Polícia Militar (PM) de São Paulo. A Polícia Federal (PF) demonstrou interesse em participar da investigação, que, até o momento, é conduzida exclusivamente pelo Exército.

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Cerca de 160 militares ainda estavam aquartelados no quartel na sexta-feira (20). Todos tiveram seus celulares confiscados e estavam trabalhando nos dias próximos ao feriado de 7 de setembro.

Inicialmente, cerca de 480 militares foram impedidos de sair do quartel, mas 320 deles foram liberados na terça-feira (16). Mais de 50 militares já foram ouvidos pelo Exército no Inquérito Policial Militar (IPM) que apura o caso.

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