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A Justiça Militar autorizou a quebra dos sigilos telefônicos, telemáticos e bancários de sete militares sob investigação pelo Exército por suspeita de envolvimento no roubo de 21 metralhadoras no quartel de Barueri, na Grande São Paulo. A medida foi solicitada pelo encarregado do inquérito conduzido pelo Comando Militar do Sudeste (CMSE).
No total, o Exército está investigando 20 militares por suspeita de ligação com o maior desvio de armas em sua história. Sete desses militares estão proibidos de sair do Arsenal de Guerra de Barueri, uma vez que são suspeitos de envolvimento direto no roubo ocorrido em setembro. Os outros 13 estão sob investigação por envolvimento indireto no crime, mas não estão sujeitos às mesmas restrições de movimentação.
Neste domingo (22), o CMSE convocou entrevista coletiva para tratar da investigação e localização de 17 das armas furtadas. Elas foram recuperadas pelas polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Até a última atualização desta reportagem, nenhum militar investigado pelo sumiço das metralhadoras havia sido punido. Àqueles que forem considerados culpados por negligência, ou seja, pela participação indireta no furto das metralhadoras, receberão penas administrativas. Os militares apontados na investigação por terem envolvimento direto no furto responderão criminalmente na Justiça Militar.
Aproximadamente 50 militares já foram ouvidos, mas não necessariamente todos são investigados. Cerca de 40 militares estão “aquartelados”, entre eles, homens e mulheres. Ou seja, ficam se revezando com outros para permanecerem no Arsenal de Guerra por dias seguidos. Até sábado (21) eram 160 “aquartelados” e antes disso toda a tropa de 480 militares ficou proibida de deixar o quartel.
O Exército trabalha com a possibilidade de que o furto das 13 metralhadoras antiaéreas calibre .50 e das oito metralhadoras calibre 7,62 tenham sido furtadas durante o feriado de 7 de setembro. Câmeras de segurança do quartel estão sendo analisadas para saber se gravaram a ação criminosa.