Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Na terça-feira (24), a Polícia Civil de São Paulo deteve Fabiana Manzini, de 40 anos, sob a acusação de desempenhar o papel de “pombo-correio” para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ela é a esposa de Anderson Manzini, associado próximo de Wanderson Nilton de Paula Lima, conhecido como Andinho, que é considerado um dos membros mais violentos e perigosos dessa facção criminosa.
Condenado a mais de 700 anos de prisão, Andinho chefiou uma série de sequestros em São Paulo até o início dos anos 2000. Ele está detido desde 2002 e também responde por mandar matar agentes penitenciários, policiais e inimigos do PCC.
Segundo a investigação, Fabiana seria responsável por levar ordens de Andinho para outros integrantes da facção que estão em liberdade. Ela foi presa em casa, na Praia Grande, no litoral sul paulista, por agentes da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes.
A suspeita entrou no radar dos investigadores após uma apreensão de 40 quilos de drogas em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, realizada pela Polícia Militar em junho. Na ocasião, ela foi levada para a delegacia e liberada em seguida.
Os policiais constataram que Fabiana fazia visitas frequentes a Itaquaquecetuba, se reunia com outros suspeitos e levava uma rotina de alto padrão, mesmo não tendo emprego formal. Para não levantar suspeita, segundo a Polícia Civil, ela usava o nome de solteira.
Durante as buscas na casa da suspeita, os policiais encontraram “farto material” que comprovariam a ligação dela com o PCC. Segundo o delegado Fabricio Intelizano, da Dise, Fabiana seria responsável por fazer ligações em grupo e conectar presos de diferentes estados, como o Rio de Janeiro.
As diligências prosseguem, pois, com os materiais apreendidos, será possível identificar outras pessoas ligadas ao PCC. O caso foi registrado na Dise de Mogi das Cruzes.