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Exército prende 17 militares por falhas na fiscalização de metralhadoras furtadas

Arsenal de Guerra de São Paulo em Barueri, Grande São Paulo — Foto: Reprodução/Exército brasileiro

O exército prendeu administrativamente 17 militares do Arsenal de Guerra, em Barueri, por falhas na fiscalização e controle das armas. As prisões começaram nesta quarta-feira (25) e os presos ficarão em celas ou com restrições dentro do quartel, conforme determinação do comandante. Além disso, seis militares estão sendo investigados pelo mesmo motivo, mas ainda não foram punidos.

Dois tenentes-coronéis vão ficar presos por 20 dias. Um major e um capitão ficarão detidos por 10 dias. Entre os detidos tem os oficiais de dia, que tem patentes de subtenente a tenente em sua maioria. No grupo de quem foi preso administrativamente tem aqueles que cumprirão punição de cinco dias de prisão se forem militares de carreira. Os que são temporários ficarão um dia na cadeia.

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Segundo o g1, ao menos outros seis militares tiveram as prisões preventivas pedidas pelo Exército por serem investigados por suspeita de terem tido participação direta no furto das 13 metralhadoras calibre .50 e das oito metralhadoras calibre 7,62.

Até a última atualização desta reportagem, a Justiça Militar ainda não havia dado uma decisão a respeito da solicitação. Caso haja decretação das prisões, os militares vão para uma prisão militar.

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O sétimo militar que também era investigado por envolvimento direto no crime não teve nenhuma prisão solicitada. E até esta quinta-feira (26) ainda não teriam indícios de que participou do desaparecimento das armas.

Entre os militares suspeitos de participarem do furto tem um cabo que é investigado por suspeita de transportar todas as metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra em Barueri. O Exército investiga se ele usou um carro oficial do então diretor do quartel para retirar as armas do local e levá-las para fora, onde seriam negociadas com facções criminosas.

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O tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que dirigia o quartel, não é investigado no inquérito sobre o furto das armas. Após o crime, o Exército o exonerou do cargo. Ele será transferido para outra unidade militar que ainda não foi definida. Em seu lugar, assumiu o novo diretor, o coronel Mário Victor Vargas Júnior, que comandará a base em Barueri.

A suspeita é de que o crime ocorreu a partir do período do feriado de 7 de setembro, quando a energia elétrica foi cortada intencionalmente, causando um “apagão” que desligou as câmeras de segurança da base militar. Em seguida, um cadeado teria sido arrombado e o lacre da fiscalização, adulterado.

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Peritos do Exército encontraram impressões digitais de militares do quartel em quadros de energia e na sala de armas.

Apesar de ter suas impressões digitais encontradas na sala de armas, o cabo não tinha autorização para entrar no lugar. Sua “missão” se restringia a atuar como motorista do tenente-coronel Batista, que havia assumido a direção do quartel em março de 2023. O motorista militar já estava trabalhando nessa função desde a época do diretor anterior. Os investigadores suspeitam que ele tenha se aproveitado do livre acesso que tinha ao quartel, como homem de confiança do então diretor da unidade.

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A última inspeção na sala de armas havia sido em 6 de setembro. Os militares só conferiram se a porta permanecia lacrada 33 dias depois, em 10 de outubro, quando um subtenente viu sinais de arrombamento e percebeu que o lacre tinha sido trocado e constatou o desaparecimento de 13 metralhadoras antiaéreas calibre .50 e de oito metralhadoras calibre 7,62.

Segundo o Exército, as armas, fabricadas entre 1960 e 1990, são “inservíveis”, ou seja, não estariam funcionando perfeitamente, passariam por manutenção e seriam avaliadas. Possivelmente seriam destruídas ou inutilizadas já que recuperá-las teria um alto custo.

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Até a última atualização desta reportagem, 17 das metralhadoras foram recuperadas na semana passada em operações conjuntas do Exército e das polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo. Outras quatro armas, todas .50, ainda são procuradas.

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