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O padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, foi preso nesta sexta-feira (17), na segunda fase da Operação Indignus, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado). Ele é suspeito de desviar R$ 140 milhões do hospital, que é uma instituição filantrópica que atende pelo SUS.
O desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba, ordenou o cumprimento de três mandados de prisão e de mandados de busca e apreensão. Além do padre Egídio, foram presos a ex-tesoureira Amanda Duarte e a ex-diretora administrativa Jannyne Dantas.
Amanda foi liberada para cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, por ter um filho de 4 meses em amamentação exclusiva. Jannyne foi encaminhada ao Presídio Júlia Maranhão.
A investigação aponta que o padre Egídio teria usado o dinheiro desviado para comprar imóveis de luxo, incluindo uma mansão em João Pessoa e um apartamento em Recife.
O padre Egídio vinha sendo investigado desde o início da Operação Indignus, em 2022. Um primeiro pedido de prisão preventiva contra ele foi negado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa. O Gaeco/MPF da Paraíba recorreu da decisão e obteve a prisão do ex-diretor.
Em nota, a Arquidiocese da Paraíba reafirmou seu compromisso com a transparência e integridade. Afirmou que está colaborando integralmente com as investigações em curso, respeitando o segredo de justiça.
Sobre o processo canônico do padre Egídio de Carvalho Neto, informou que o procedimento foi instaurado em 27 de setembro de 2023 e está em andamento.
A Arquidiocese reafirmou seu apoio às autoridades competentes e sua disposição em colaborar para esclarecer os fatos.