A juíza Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Penal Federal do Rio de Janeiro, determinou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de veículos registrados em nome da ex-governadora Rosinha Garotinho, de cinco consultores e de onze administradores da PreviCampos, a previdência dos servidores do município do Norte Fluminense. Segundo o g1, o montante bloqueado é de R$ 383,4 milhões.
Na terça-feira (28), a Polícia Federal deflagrou a Operação Rebote, executando 18 mandatos de busca, sendo 12 em endereços em Campos dos Goytacazes, dois no Rio de Janeiro, três em Santos (litoral de São Paulo) e um na capital paulista. Dois desses endereços estão relacionados à ex-governadora Rosinha Garotinho: sua residência em Campos e um apartamento no bairro do Flamengo.
Os investigados contestações de gestão fraudulenta, peculato, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a investigação da Delegacia da Polícia Federal em Campos, durante o ano de 2016, os gestores de fundos e consultores contratados realizaram investimentos em títulos de longo prazo emitidos por empresas de fachada ou sem capacidade econômica para cumprir com os pagamentos.
À época, Rosinha era prefeita de Campos e indicou Nelson Afonso Oliveira para a Presidência da PreviCampos, cujo capital era então de aproximadamente R$ 1 bilhão.
A defesa de Rosinha Garotinho emitiu uma nota alegando que os supostos acontecimentos que justificaram a busca e apreensão ocorreram cerca de dez anos atrás, caracterizando o fato como atemporal. A nota também destaca a preocupação de que essas ações podem ser interpretadas como retaliação ou intimidação política. Em relação à decisão, a defesa afirma que a única acusação imputada à ex-prefeita Rosinha é uma indicação de pessoas sem qualificação técnica para a diretoria e conselho da PreviCampos.