A estudante Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, já respondendo por desviar quase R$ 1 milhão dos fundos da comissão de formatura de uma turma de medicina da Universidade de São Paulo (USP), agora enfrenta acusações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) pelo crime de estelionato. Ela é investigada por outro caso envolvendo estelionato e lavagem de dinheiro relacionado a uma lotérica em Mirandópolis, bairro da zona sul de São Paulo.
Em 5 de abril de 2022, Alicia realizou sua primeira compra, no valor de R$ 9.690, em uma lotérica, retornando no dia seguinte para repetir o jogo. Ambas as apostas foram pagas através de transferências via Pix. Segundo a polícia civil, em uma única aposta de R$ 891 mil, Alicia pagou apenas R$ 891,53 via Pix, um valor mil vezes menor que o devido.
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O Ministério Público detalha que Alicia solicitou R$ 891,5 mil em apostas, afirmando que faria transferências Pix para a lotérica. Quando o montante das apostas atingiu R$ 193,8 mil, a gerente da lotérica percebeu que Alicia havia agendado apenas uma pequena quantia. Desconfiados, os funcionários solicitaram o comprovante, ao que Alicia apresentou um extrato de transferência no valor de R$ 891,50, deixando o local em seguida.
A polícia suspeita que o dinheiro utilizado por Alicia em apostas não pagas na lotérica pode ter sido desviado dos fundos da festa de formatura de Medicina da USP. Ela é acusada de desviar quase R$ 1 milhão do fundo de formatura de sua turma, arrecadado ao longo de quatro anos. No final de 2021, Alicia, então presidente da comissão, transferiu os valores para sua conta pessoal sem o consentimento dos demais estudantes.
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Alegando problemas com a empresa contratada para a formatura, Alicia afirmou ter investido o dinheiro em uma corretora, onde teria sido vítima de um golpe. Contudo, a polícia e o MPSP não aceitaram sua versão. Em março deste ano, a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia, tornando Alicia ré no caso do desvio da comissão de formatura.