Excelente e consequente a fala do deputado Gayer. Espero que tenha acordado todos os jornalistas livres e todos os veículos de comunicação, quanto a ser imperioso que esses setores também reajam, diante do inegável equívoco praticado pela nossa Corte Constitucional, que precisa, a bem de sua reputação, rever (isso só a enaltecerá) a gravidade do que, para mim, seria o primeiro passo para a implantação de um regime autoritário, autoritário mesmo, porque apenas um mentiroso compulsivo como Lula pode acreditar em “democracia relativa”.
“Democracia relativa” é sinônimo de ditadura. Democracia é um valor absoluto, acima do que quer e de quem quer que seja!
O papel da Corte Constitucional é proteger e defender a Constituição que espelhou a redemocratização do País.
Não pode partir dela nada que cheire a censura à imprensa ou à expressão livre e amplíssima de qualquer brasileiro.
Pelo contrário, seu dever mais nobre é avançar contra quem atente, de verdade, contra o único regime que prega a defesa dos direitos humanos, a liberdade de ir e vir, a liberdade de falar, pensar e agir.
O ilustre e, por mim, querido Presidente da Corte, falou em algo como liberdade com responsabilidade. Com tristeza que divirjo dele: liberdade, repito, é valor absoluto. Dispensa explicações e adjetivos.
Conheci o Presidente Luís Roberto Barroso num debate no programa de William Waack. Fizemos uma dupla, ele no Rio, eu em Brasília e os dois adversários, um deles presidente da OAB, em São Paulo.
Dele só espero correção e coerência, amor à democracia e às liberdades dos brasileiros!
Lembremos a sabedoria de Bertolt Brecht: “eles vieram atrás dos judeus e eu nada falei, porque não era judeu. Então, vieram atrás dos sindicalistas e eu nada falei, porque não era sindicalista. Então vieram atrás dos católicos e eu nada falei, porque era protestante. Por fim, vieram atrás de mim e, nessa época, já não havia ninguém para protestar.”
Numa ditadura, fecham o Congresso ou transformam os congressistas em mamulengos de ventríloquos. Fecham a Corte Constitucional ou a enchem de desqualificados para desempenhar papel nenhum.
Que todos mergulhemos em nossas águas mais profundas e delas ressurjamos lúcidos, limpos e dispostos a morrer, se preciso for, pela democracia!
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