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Quatro pessoas foram indiciadas por lesão corporal, dano, associação criminosa, resistência e desobediência após causarem confusão e confronto com policiais durante votação do projeto de privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta quarta-feira (6).
A sessão foi tumultuada, marcada por confronto entre manifestantes de esquerda e a Polícia Militar, que chegou a usar spray de pimenta dentro do plenário.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de SP, três homens, de 36, 26 e 22 anos, e uma mulher, de 32, foram presos em flagrante.
A confusão começou antes da votação, quando o público presente tentou quebrar o parapeito de vidro da galeria. A Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu o local, usou gás de pimenta para dispersar os manifestantes e houve pancadaria e detenções.
Um tripé chegou a ser arremessado contra os policiais e dois deles saíram para atendimento médico com sangramento na cabeça, além de outro com o braço quebrado.
Antes da votação, manifestantes que estavam nas galerias tentaram invadir o plenário. O presidente da Casa, André do Prado (PL), pediu reforço da segurança.
Todos os envolvidos foram detidos e conduzidos ao 27° DP, na região do Campo Belo. Eles vão passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (7).
A privatização da Sabesp, uma das maiores empresas de saneamento do mundo, foi aprovada por 62 deputados no Legislativo paulista. Um voto foi contrário. Os deputados de oposição não votaram e não estiveram presentes em plenário durante a votação.
Na prática, a gestão estadual irá diminuir sua participação acionária na companhia, da qual tem 50,3% de participação e é a controladora.
A aprovação do projeto é uma grande vitória para o governo de Tarcísio de Freitas, que defende a diminuição das estatais e a passagem para o setor privado. O próximo passo é a sanção do texto pelo governador.