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A operação da Polícia Federal (PF) tem como alvo suspeitos de invadir a conta da primeira-dama, Janja Lula da Silva, na rede social X, um jovem , produtor musical de 25 anos, residente em Ribeirão das Neves (MG), conhecido como “Maníaco” nas redes sociais, como YouTube, Deezer e Facebook.
No Spotify, ele é classificado como “artista verificado”, com 4,4 mil ouvintes mensais e quatro álbuns, que contêm letras com viés nazista, misógino e racista. Um dos álbuns reflete o lema de separatistas do Sul, defendendo a pureza da raça ariana, em linha ideológica que remete às políticas de Adolf Hitler na Alemanha nazista.
O conteúdo produzido pelo jovem inclui apologia à violência de gênero, ataques a minorias étnicas e associação de religiões africanas, nordestinos, negros e a África à pobreza. O Spotify, após a divulgação pelo jornal O Globo, removeu a conta, indicando que seu regulamento não permite conteúdo que promova extremismo violento, violência ou ódio contra grupos com base no sexo.
Os álbuns também atacam a miscigenação e defendem a tese da pureza da raça ariana, semelhante à ideologia nazista. As letras incluem músicas como “Mulher gosta de porrada” e “Macumba” do álbum “Incel pardo”, todas de teor ofensivo, o que levou à exclusão da conta pela plataforma.
O perfil de Janja, foi alvo de um ataque hacker na segunda-feira, com mensagens ofensivas que foram deletadas aproximadamente uma hora depois, apesar da ação da PF e da plataforma. A polícia realizou quatro mandados de busca e apreensão na terça-feira, incluindo na residência do jovem suspeito.