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Na madrugada desta quarta-feira (13), o artesão Caio Silva de Souza foi condenado a doze anos de prisão pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, vítima de um rojão durante um protesto no Rio de Janeiro em 2014. O caso, que ocorreu há quase dez anos, resultou na sentença proferida pelo júri popular, permitindo que o acusado recorra em liberdade.
O segundo acusado, o tatuador Fábio Raposo Barbosa, foi absolvido pelo conselho de sentença do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Ambos foram indiciados por homicídio doloso qualificado, com o uso de explosivos, e embora tenham ficado presos entre 2014 e 2015, respondiam em liberdade, sob medidas cautelares. Enquanto Fábio foi inocentado das acusações, Caio foi condenado por lesão corporal seguida de morte.
A defesa ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão para que Caio responda em liberdade. No que diz respeito a Fábio Raposo Barbosa, o júri concluiu que ele não participou da ação.
O cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, perdeu a vida após ser atingido na cabeça por um rojão enquanto cobria um protesto no Centro do Rio, em fevereiro de 2014. Caio Silva de Souza e Fábio Raposo foram acusados de soltar o explosivo e foram denunciados pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) por homicídio doloso triplamente qualificado, considerando motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e uso de explosivo. A juíza optou por retirar duas qualificações, mantendo apenas a referente ao uso de explosivos.
Após o incidente, Santiago ficou internado no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, por quatro dias, vindo a falecer em decorrência dos ferimentos. A explosão causou afundamento no crânio da vítima. Segundo a denúncia do MPRJ, Fábio teria entregado o rojão a Caio com a intenção prévia de direcioná-lo ao local onde havia uma multidão, incluindo policiais militares. Na época, ambos admitiram conhecer-se de outras manifestações e afirmaram agir em conjunto.Parte superior do formulário