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Barras de ferro entregues a presos facilitam fuga de presídio federal em Mossoró

Foto: Divulgação/Ministério da Justiça

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A fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró na última Quarta-Feira de Cinzas (14) levanta graves questionamentos sobre falhas nos procedimentos de segurança da unidade.

Segundo o corregedor da penitenciária, juiz Walter Nunes, as barras de ferro usadas pelos detentos para “rasgar” parte da parede por onde escaparam foram entregues a eles nas próprias celas.

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“Eles estavam em celas individuais, das quais não saiam sequer para o banho de sol. Então, as varas de ferro foram entregues a eles. Quem entregou? Não sei. As investigações precisam revelar”, disse Nunes à Inter TV.

O corregedor ressalta que sem as barras de ferro a fuga não teria acontecido. “Não é obra, não é nada. Poderia não ter obra, poderia ter as câmeras de maior tecnologia, mas teria esse fato da barra de ferro”, afirma.

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Falhas nos procedimentos de segurança

Nunes questiona como os presos realizaram o corte na parede sem serem ouvidos. “Eles não fizeram aquilo em horas, eles não podem fazer barulho o dia todo e por mais que eles tenham botado um pano para abafar, ninguém ouviu nada?”, questiona.

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Ele explica que a entrega de refeições nas unidades prisionais federais é feita três vezes por dia por um policial penal através da portinhola da cela, momento em que a fissura na parede poderia ter sido detectada.

Outro ponto questionado é a inspeção diária das celas, que, segundo o corregedor, é obrigatória, especialmente para presos em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), como era o caso dos fugitivos.

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“Como é que não foi vista essa barra de ferro? Por que ele não tem onde esconder, a cela é toda de alvenaria. É um ambiente de 6 metros quadrados. É fácil de fazer a inspeção. Então, essa inspeção diária foi feita? Porque se fosse feita teria detectado. Por isso que tem o componente humano. Foi de propósito? Ou foi um desleixo?”, indaga Nunes.

A perícia da Polícia Federal aponta que os dois presos podem ter usado ferramentas do canteiro de obras para cortar o alambrado por onde escaparam.

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“Pelo procedimento e pelo que foi dito pela direção, essas ferramentas não ficavam lá, mas neste dia estavam. Para além disso, no local, tinha um alicate apropriado para cortar essas cercas”, disse o juiz corregedor.

Após a fuga, o diretor da Penitenciária Federal de Mossoró foi afastado e um interventor foi nomeado.

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Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, ambos respondendo por crimes como homicídio, roubo, latrocínio, tráfico de drogas e organização criminosa.

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