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Na terça-feira (5), um homem de 32 anos foi detido por agentes da Brigada Militar na Expodireto Cotrijal, uma das maiores feiras do agronegócio internacional, em Não-Me-Toque (RS), por estar portando uma faca. O ex-presidente Jair Bolsonaro estava presente na feira no momento da ocorrência.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, o homem chamou a atenção de populares e policiais militares presentes no evento devido ao cabo de uma faca aparente no bolso.
Ao ser abordado pelos agentes, o homem afirmou ter adquirido a faca em um dos estandes da Expodireto Cotrijal e apresentou o comprovante da compra. Facas são comumente vendidas nos estandes da feira, e muitos dos frequentadores, especialmente produtores rurais, têm o costume de portá-las na cintura.
Devido ao risco de linchamento, os policiais retiraram o suspeito do local da feira, após populares começarem a entoar palavras de ordem contra ele durante a visita de Bolsonaro.
O homem foi encaminhado a um posto da Brigada Militar para confecção de um termo circunstanciado por violação do Artigo 19 da Lei das Contravenções Penais, que trata sobre o porte de arma fora de casa sem licença. Após assinar o termo, o suspeito foi liberado, e a faca foi apreendida.
As autoridades locais afirmam estar investigando o caso e destacam que, graças à ação da Brigada Militar, o homem não representou risco aos participantes do evento.
Segundo informações do colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, o homem detido com a faca é um apoiador do ex-presidente Bolsonaro e chegou a fazer campanha para ele. O irmão de Wesley Ferreira, identificado como o detido, confirmou à coluna que Wesley participou de mobilizações da direita no ano anterior e compareceu à feira em Não-Me-Toque com o objetivo de ver Bolsonaro.
Jair Bolsonaro, vale lembrar, foi vítima de um atentado a faca em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro de 2018, durante um ato público de campanha. Desde então, o ex-presidente passou por diversas cirurgias em decorrência do incidente. O autor do crime, Adélio Bispo de Oliveira, foi considerado inimputável pela Justiça Federal de Minas Gerais em 2019, devido a transtornos mentais diagnosticados por laudo médico.