Brasil

Desigualdade de gênero persiste nas profissões intelectuais e científicas, com mulheres recebendo 36,7% menos que homens, aponta pesquisa do IBGE

No ano de 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres, mesmo possuindo maior nível de escolaridade, apresentaram uma média salarial 21% inferior à dos homens. A disparidade mais significativa foi observada nas profissões intelectuais e científicas, onde as mulheres ganharam, em média, 36,7% menos do que os homens.

O estudo Estatísticas de Gênero, divulgado pelo IBGE no Dia Internacional da Mulher, também revelou que 21,3% das mulheres com 25 anos ou mais possuem ensino superior, em comparação com 16,8% dos homens. Apesar desse avanço educacional, as mulheres enfrentam desafios no acesso a cargos de liderança, ocupando apenas 39% dessas posições, enquanto os homens ocupam 61%.

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Em termos de desigualdade de gênero no mercado de trabalho, setores como Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura apresentam obstáculos para as mulheres, que ocupam apenas 16% dos cargos gerenciais nesses segmentos. No entanto, a remuneração nesse grupo é 28% maior do que a dos homens.

O estudo também destacou a persistência da divisão desigual de tarefas domésticas, com as mulheres dedicando, em média, 21,3 horas semanais, quase o dobro do tempo dedicado pelos homens (11,7 horas). Essa diferença é mais pronunciada no Nordeste, onde as mulheres dedicam 23,5 horas em comparação com 11,8 horas dos homens.

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A participação feminina no mercado de trabalho em 2022 ainda não havia retornado aos níveis pré-pandemia, conforme indicado pelos dados do IBGE. Além disso, o estudo revelou que 28% das mulheres estavam em trabalhos de meio período (até 30 horas semanais), quase o dobro dos homens, que representam 14,4% nessa categoria.

A pesquisa também apontou que a informalidade é mais alta entre as mulheres (39,6%) do que entre os homens (37,3%). A coordenadora do estudo e pesquisadora do IBGE, Barbara Cobo, ressaltou a necessidade de políticas públicas para tornar a carga de trabalho mais igualitária, incluindo licenças iguais de paternidade e maternidade, além de escolas públicas com oferta de período integral.

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No que diz respeito à presença feminina na política, o Brasil ocupa a 133ª posição entre 186 países em um ranking que analisa a proporção de parlamentares mulheres, com 17,9% da Câmara dos Deputados em 2023. No contexto latino-americano, o país está classificado como o último colocado. Em 2023, as mulheres representavam 17,9% da Câmara Federal, ocupando apenas nove dos 38 cargos ministeriais.

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