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O Brasil está se aproximando da marca de 2 milhões de casos prováveis de dengue ao longo do ano, de acordo com a atualização desta quarta-feira (20/3) do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. O país já registrou 1.978.372 diagnósticos da doença em 2024.
Este ano, foram contabilizados 656 óbitos por dengue, com outros 1.025 ainda sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é de 974,3 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.
O somatório de casos deste ano, segundo o Ministério da Saúde, é considerado anormal em comparação com as últimas décadas. Na última segunda-feira (18/3), o Brasil bateu um recorde, já que, em mais de 20 anos, não registrava tantos casos de dengue em um só ano.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o alto volume de casos tem relação com fatores como as mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo do vírus.
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti. O Ministério da Saúde estima que cerca de 75% dos focos do vetor da dengue estejam nos domicílios. Algumas instruções da pasta para diminuir a proliferação incluem manter a caixa-d’água bem fechada, receber bem os agentes da saúde e os de endemias, amarrar bem os sacos de lixo, colocar areia nos vasos de planta, guardar pneus em locais cobertos, limpar bem as calhas de casa e não acumular sucata e entulho.
O Ministério da Saúde também tem realizado a distribuição das vacinas contra a dengue para municípios selecionados, direcionadas a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre cada uma delas. As doses foram enviadas para as seguintes unidades federativas: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Acre, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Norte e Amazonas.