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A cesta de produtos comuns na celebração da Páscoa teve um aumento de 9,29% entre março de 2023 e fevereiro de 2024, conforme revelado por um levantamento realizado pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
Este aumento nos preços supera a inflação acumulada durante o mesmo período, a qual foi de 3,5%, conforme medida pelo IPC-10. Entre os itens comumente consumidos durante o almoço de Páscoa, a batata-inglesa e o azeite foram os que apresentaram maiores aumentos, com 31,96% e 39,82%, respectivamente.
De acordo com o economista André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, apesar da tendência de alta nos preços em comparação ao ano anterior, houve uma redução nos valores de itens como o bacalhau, que registrou uma queda de 2,27%.
Em contrapartida, o salmão e a sardinha em conserva foram os que mais apresentaram recuos nos preços, com 8,93% e 5,19%, respectivamente.
A possibilidade de variação nos preços dos peixes frescos é destacada, podendo ocorrer até a semana que antecede o feriado de Páscoa, devido ao aumento da procura. Por isso, Braz ressalta a importância de os consumidores estarem atentos à evolução dos preços à medida que a data se aproxima.
O levantamento não abrange os ovos de Páscoa, mas apenas bombons e chocolates, os quais tiveram um aumento de 1,89% no período.
A pesquisa do FGV Ibre apresenta a inflação acumulada até fevereiro, mas não garante que os preços permaneçam estáveis ou diminuam até o feriado.
O economista alerta para a possibilidade de aumento nos preços dos peixes, impulsionado pelo aumento da demanda típica desse período.
Braz explica que o aumento nos preços indica uma pressão sobre os itens tradicionais de Páscoa, os quais não seguem necessariamente a tendência geral inflacionária.