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Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (22), o tenente-coronel Mauro Cid negou ter sido induzido pela Polícia Federal a fornecer informações em sua delação premiada. Ele também afirmou que deseja manter o acordo firmado com a PGR.
“Nunca houve induzimento às respostas. Nenhum membro da Polícia Federal o coagiu a falar algo que não teria acontecido”, disse Cid, segundo a ata do depoimento.
Cid também foi questionado sobre áudios vazados à revista Veja, nos quais ele afirma que “queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”. Ele alegou que a conversa era privada e informal, sem intenção de ser publicada. Cid disse não saber quem vazou os áudios.
Após o depoimento, Cid foi preso novamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes. A decisão foi tomada por descumprimento de medidas cautelares e obstrução de Justiça, devido às críticas feitas a Moraes nos áudios.
Nos áudios, Cid acusa Moraes de ter poderes absolutos para ordenar prisões e libertações. Ele também afirma que teria sido coagido pela PF a delatar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Cid nega ter mantido contato com investigados no inquérito e insiste em manter o acordo de delação premiada.
O depoimento de Cid foi tornado público por decisão de Moraes.
“Diante da necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid, que confirmou integralmente os termos anteriores de suas declarações, torno pública a ata de audiência realizada para a oitiva do colaborador, no dia 22/3/2024, às 13h, na sala de audiências do Supremo Tribunal Federal, com a presença da Procuradoria-Geral da República e dos defensores”, afirmou o ministro em decisão.