Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
O ex-vereador Eduardo Oliveira está envolvido em alegações de agressão contra duas mulheres, uma de 58 e outra de 70 anos, durante uma reunião de condomínio realizada em São Vicente, no litoral de São Paulo, no último sábado (23/3). Ele nega as acusações.
Eduardo exerce a função de síndico no prédio localizado no bairro Gonzaguinha há 14 anos. A assembleia geral do condomínio estava ocorrendo na Associação Comercial de São Vicente. Segundo relatos de um morador, a confusão teve início durante discussões sobre a aprovação das contas e a eleição da mesa diretora.
Um morador declarou: “Ele não apresenta contas e nós questionamos isso na reunião. O síndico deu um tapa na mão de uma das mulheres sem justificativa e saiu correndo. Ela mora aqui há mais de 30 anos e está muito abalada com o que aconteceu.”
Conforme registrado no boletim de ocorrência, a mulher de 58 anos alegou que o síndico a agrediu na mão direita. Policiais militares a encaminharam para o Pronto Socorro de São Vicente, onde recebeu atendimento médico e foi liberada.
A mulher de 70 anos afirmou ter sido agredida pelo síndico enquanto questionava procurações de outros condôminos. Eduardo teria usado papéis para bater nas palmas das mãos dela. Entretanto, a mulher recusou atendimento médico.
De acordo com o relato presente no boletim de ocorrência, o síndico afirmou que iniciou a assembleia mencionando que uma moradora havia trancado a porta do local, impedindo assim a livre circulação dos condôminos, o que resultou em tumulto.
Defesa:
Eduardo Oliveira afirmou deter mais de 60% dos votos válidos e que durante toda a assembleia houve discussões entre os moradores. Segundo ele, alguns dos moradores estavam tentando “criar um motim” para ganhar a eleição. “A assembleia foi tumultuada do início ao fim, com os moradores provocando constantemente”, disse.
“Quando a assembleia terminou, uma das mulheres tentou pegar alguns documentos da minha mão. Eu apenas puxei de volta, e ela alegou que eu a agredi. Quando tentei sair, começou o empurra-empurra e eles fecharam a porta”, relatou Eduardo. Ele também mencionou ter registrado uma queixa na delegacia e que durante o tumulto, seu pai foi agredido.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que policiais militares foram acionados para atender à ocorrência. “No local, foi constatado que as partes estavam em uma assembleia em um edifício, quando houve uma discussão entre o síndico e alguns moradores”, disse a pasta.
“A discussão resultou no fechamento da porta do local por um dos moradores, provocando uma confusão generalizada”, acrescentou a SSP. O caso foi registrado como lesão corporal e ameaça na Delegacia de São Vicente.
É relevante destacar que Eduardo teve seu mandato de vereador cassado em junho de 2023 após um recurso especial de investigação judicial eleitoral, que apontou violação à cota de gênero do antigo Partido Social Liberal (PSL).