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Idade média ao morrer varia de 57 a 72 anos a depender da capital, aponta levantamento

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

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Um estudo inédito do Instituto Cidades Sustentáveis revela a disparidade entre as capitais brasileiras em termos de qualidade de vida. A expectativa de vida, por exemplo, varia de 57 a 72 anos, com cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre ostentando índices próximos aos de países desenvolvidos, enquanto Boa Vista amarga uma realidade inferior.

Essa discrepância gritante é apenas um dos muitos indicadores que compõem o Mapa da Desigualdade entre as Capitais Brasileiras.

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O estudo, lançado nesta terça-feira (26), compara 40 indicadores em áreas como educação, saúde, renda, habitação e saneamento, desnudando as profundas desigualdades que marcam o país.

A diferença de 15 anos na expectativa de vida entre as capitais é um retrato da disparidade socioeconômica do Brasil.

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Segundo Jorge Abrahão, coordenador geral do Instituto Cidades Sustentáveis, essa discrepância está diretamente ligada à qualidade das políticas públicas: “As questões de saneamento, habitação precária, saúde, educação, mortalidade infantil, violência e homicídios contra jovens apresentam números alarmantes nas cidades com menor expectativa de vida. Para aumentar esse índice, é necessário investir em questões centrais para a qualidade de vida da população”, afirmou à Agência Brasil.

Outro dado que escancara a desigualdade é o acesso ao esgotamento sanitário: 100% da população de São Paulo é atendida, enquanto em Porto Velho apenas 5,8% têm acesso a esse serviço essencial.

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Abrahão ressalta que, mesmo em São Paulo, essa realidade não é totalmente homogênea, com áreas de ocupação irregular sem acesso à rede de esgoto.

O Mapa da Desigualdade é um instrumento poderoso para entendermos os desafios do Brasil. Curitiba, com 677 pontos, lidera o ranking das capitais, enquanto Porto Velho, com 373 pontos, ocupa a última posição. É importante destacar que, mesmo as cidades mais bem colocadas ainda enfrentam desafios consideráveis.

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A concentração das melhores cidades nas regiões Sul e Sudeste e das piores no Norte revela a necessidade de políticas públicas que valorizem as regiões mais desiguais. Abrahão enfatiza que o Brasil precisa romper com a lógica perversa de gerar desigualdade:

“O Brasil é muito eficiente em produzir políticas para gerar desigualdade. É por isso que estamos entre os dez países mais desiguais do mundo. Mas, se fomos capazes de chegar nesse ponto, podemos reverter isso com políticas proporcionais às desigualdades”.

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As desigualdades sociais estão intrinsecamente ligadas à questão econômica. Sem combatê-las, não será possível resolver os problemas de produtividade, pobreza, saúde e educação que afligem o país. A solução passa por investimentos direcionados e proporcionais às necessidades de cada região.

Em 2024, ano de eleições municipais, o Mapa da Desigualdade se torna um guia essencial para a população. É fundamental que os cidadãos se conscientizem sobre os indicadores e cobrem dos candidatos propostas concretas para enfrentar os desafios das cidades.

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