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O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota neste sábado (6) expressando forte repúdio à invasão da embaixada mexicana no Equador pela polícia equatoriana. A ação ocorreu durante a tentativa de prender o ex-vice-presidente equatoriano, Jorge Glas. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua solidariedade ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, diante do episódio.
“O governo brasileiro condena, nos mais firmes termos, a ação empreendida por forças policiais equatorianas na Embaixada mexicana em Quito na noite de ontem, 5 de abril”, declarou o Itamaraty. “A medida levada a cabo pelo governo equatoriano constitui grave precedente, cabendo ser objeto de enérgico repúdio, qualquer que seja a justificativa para sua realização”, acrescentou o governo brasileiro.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a ação representa uma clara violação à Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Esses tratados estabelecem que as embaixadas são invioláveis e só podem ser acessadas com consentimento do chefe da missão diplomática.
O México anunciou na sexta-feira (5) o “rompimento imediato” das relações diplomáticas com o Equador após a polícia equatoriana invadir a embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas, que havia recebido asilo político. Em mensagem nas redes sociais, Andrés Manuel López Obrador descreveu o incidente como uma “violação flagrante do direito internacional e da soberania do México”.
“Trata-se de uma violação flagrante ao direito internacional e à soberania do México, motivo pelo qual instruí nossa chanceler [Alicia Bárcena] a emitir um comunicado sobre esse episódio autoritário, proceder dentro da lei e, de imediato, declarar a suspensão das relações diplomáticas com o governo do Equador”, afirmou Obrador.