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Segundo os dados apresentados pelo Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho, entre os anos de 2016 e 2022, foram registradas 15,9 mil mortes relacionadas a acidentes de trabalho no Brasil. Esse período revelou um aumento de 25,4% na quantidade de óbitos, passando de 2.265 em 2016 para 2.842 em 2022, último ano com informações consolidadas.
O diretor de Conhecimento e Tecnologia da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Remígio Todeschini, destaca que esses números abrangem apenas os trabalhadores formalmente registrados, excluindo os não registrados, como é o caso dos profissionais de aplicativos. Ele menciona que, anualmente, aproximadamente 12 mil mortes relacionadas a acidentes de motocicleta ocorrem no país, sendo a maioria de trabalhadores sem registro formal.
Além disso, os dados revelam um aumento de 11,7% nos acidentes de trabalho não fatais, passando de 354.084 para 418.684 casos no mesmo período. Os acidentes de trajeto também apresentaram um crescimento de 16%, indo de 108.150 em 2016 para 125.505 em 2022.
Em relação ao panorama geral, incluindo acidentes típicos, incapacidade permanente, doenças relacionadas ao trabalho, óbitos e acidentes de trajeto, o total de ocorrências atingiu 656.667 em 2022, refletindo um aumento de 10,6% em comparação com 2016.
Para lidar com essa situação, Todeschini menciona a importância da vigilância contínua e da aplicação rigorosa das normas de segurança ocupacional, além da implementação de programas de gerenciamento de riscos e da inclusão dos trabalhadores nas comissões internas de prevenção de acidentes. Ele ressalta a necessidade de uma mudança de foco, passando de políticas compensatórias e indenizatórias para a promoção, proteção e prevenção dos acidentes, com a participação ativa de todas as partes envolvidas.