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A Operação Águas Limpas, criada para investigar o vazamento de tolueno que interrompeu o fornecimento de água em cinco cidades do Rio de Janeiro, está realizando buscas em 16 empresas que utilizam o produto em suas atividades. 14 delas estão localizadas no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Em uma das primeiras empresas fiscalizadas, o responsável técnico foi intimado e será conduzido à Cidade da Polícia para prestar depoimento. A Justiça também determinou a busca e apreensão de produtos químicos armazenados de forma irregular em depósitos, além de documentos referentes à compra de tolueno e qualquer outro item que evidencie crime ambiental.
O objetivo da operação é confrontar as amostras de tolueno apreendidas com o material encontrado nas amostras coletadas pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro).
Na semana passada, a presença de tolueno nos mananciais da região metropolitana do Rio de Janeiro obrigou a Cedae a interromper o fornecimento de água para as cidades de Niterói, São Gonçalo, parte de Maricá, Itaboraí e Ilha de Paquetá, afetando mais de 2 milhões de pessoas.
Segundo comunicado da Cedae, o tolueno é um composto químico altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado. Ele é utilizado como aditivo na gasolina e como matéria-prima de solventes orgânicos em colas e tintas. Também está presente na borracha, em colas e adesivos, ajudando a secar, dissolver e diluir outras substâncias.
A força-tarefa responsável pela investigação é composta por agentes das delegacias de Proteção ao Meio Ambiente e de Defesa dos Serviços Delegados, com apoio de outras delegacias da Polícia Civil e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA).