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O contador João Muniz Leite está entre os alvos da Operação Fim da Linha, deflagrada na manhã desta terça-feira (09) pelo Gaeco. A Justiça de São Paulo expediu mandado de busca e apreensão em busca de provas que comprovem seu suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro do PCC pela empresa de ônibus UPBus.
Quando começou a ser investigado no âmbito da Operação Ataraxia, João Muniz Leite era suspeito de ter amealhado 55 prêmios na loteria.
Ao ser ouvido pelos policiais, meses depois, ele admitiu ter ganhado 250 vezes na mais diversas loterias. Desta vez, dados trazidos à investigação pela Polícia Federal mostram que a “sorte” do contador foi muito maior.
O inquérito da Polícia Federal mostrou que Leite e a mulher dele, Aleksandra Silveira Andriani, ganharam juntos 640 vezes nas Lotofácil, Mega Sena e Quina.
No caso de Aleksandra, foram 462 prêmios entre 18 de dezembro de 2020 e 25 de novembro de 2021, recebendo R$ 2,45 milhões, após ter apostado R$ 2,14 milhões.
Já o marido de Aleksandra, de 3 de janeiro de 2019 a 17 de abril de 2021 foi agraciado com 178 vezes, auferindo R$ 17.528.815,00, depois de apostar R$ 381.625,00.
João Muniz Leite ficou conhecido como o “Contador do Lulinha” por ter trabalhado para Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem também prestou serviços.
Investigações sobre o controle do PCC sobre o sistema de transportes revelaram uma complexa rede de negócios utilizada para lavar o dinheiro do crime organizado.
A teia do PCC envolve desde escritórios de contabilidade e agentes financeiros até fundos imobiliários, empresas de maquininhas de cartão e distribuidoras de combustíveis.