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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (10) a Operação Fake Tags, que investiga a venda de etiquetas para postagem de encomendas com contratos fraudulentos na plataforma Correios Fácil.
A ação mira um grupo criminoso que oferecia tarifas muito baixas para atrair pequenos negócios de e-commerce, causando um prejuízo de mais de R$ 2,7 milhões aos Correios.
Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Três Lagoas (MS) e Ipatinga (MG). A investigação identificou:
- Um suspeito em Três Lagoas responsável por formalizar ao menos três contratos fraudulentos com dados de empresas inexistentes.
- Uma mulher em Ipatinga que intermediava e promovia a venda das etiquetas para pessoas em diversos pontos do país.
- Dois intermediários na cidade de Caicó (RN) que vendiam as etiquetas fraudadas.
- Diversos comerciantes que utilizaram o esquema para reduzir o custo com frete, colocando mercadorias no fluxo postal sem pagar as faturas.
A fraude funcionava da seguinte maneira:
- O grupo criminoso criava contratos fraudulentos com os Correios usando dados de empresas inexistentes.
- As etiquetas eram vendidas a preços muito baixos para pequenos negócios de e-commerce.
- As mercadorias eram postadas com as etiquetas fraudadas e as faturas não eram pagas.
Os investigados responderão pelo crime de estelionato qualificado, cuja pena máxima pode ultrapassar seis anos de reclusão, além de multa
A investigação da PF ainda está em andamento e pode identificar outros envolvidos no esquema. A colaboração dos Correios foi fundamental para o sucesso da operação.
A PF alerta para os riscos de utilizar serviços de empresas que oferecem preços muito baixos para postagem de encomendas.
Para evitar fraudes, os Correios recomendam:
- Utilizar apenas os canais oficiais da empresa para contratar serviços de postagem.
- Conferir a autenticidade das etiquetas antes de postar as encomendas.
- Denunciar qualquer atividade suspeita à PF.