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No Brasil, há uma mobilização significativa por parte dos servidores da educação em universidades e institutos federais, com o objetivo de obter reajustes salariais, reestruturação de carreira e expressar descontentamento com medidas governamentais. Os professores estão em negociação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos para discutir suas demandas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito com a promessa de valorizar a educação e os professores, e a greve dos servidores de institutos e universidades reflete a pressão sobre o governo federal por mais investimentos e melhores condições de trabalho em diversas regiões do país.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), 470 unidades de ensino, incluindo institutos e colégios, foram afetadas pela greve em 24 estados.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) é o mais afetado, com 31 unidades em greve, seguido pelo Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), ambos com 23 unidades sem aula.
O coordenador do Sinasefe, Lucas Barbosa, destaca a importância de uma mudança na carreira dos servidores da educação para evitar possíveis problemas futuros, afirmando que os servidores estão enfrentando dificuldades financeiras.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) informa que 17 universidades federais irão aderir à greve a partir de segunda-feira, 15 de abril, incluindo a Universidade Federal de Brasília (UnB). O ANDES-SN também destaca a solicitação de reajuste salarial para os servidores públicos nos próximos anos.
A ministra da Gestão, Esther Dweck, menciona uma proposta de reajuste salarial para os servidores do Executivo Federal ao longo dos próximos quatro anos, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declara que um aumento para os servidores este ano está fora de cogitação devido ao orçamento já estabelecido.
O Ministério da Gestão anuncia uma proposta de aumento no auxílio-alimentação, na assistência à saúde suplementar e na assistência pré-escolar, além de destacar as discussões em andamento sobre a reestruturação de carreira com os servidores. O Ministério da Educação também afirma estar empenhado em buscar alternativas para valorizar os servidores da educação e participa do diálogo com os representantes dos docentes, técnicos e do Ministério da Gestão.