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Governo enfrenta desafio com paralisação de professores em instituições de ensino superior

Imagem: Fonasefe

Professores de diversas instituições de ensino superior e técnico-administrativos em educação em várias regiões do Brasil optaram por iniciar uma greve a partir desta segunda-feira (15). Entre as demandas apresentadas pela categoria está um ajuste salarial de 22%, a ser distribuído ao longo de três etapas iguais de 7,06%, sendo a primeira parcela proposta para este ano e as outras para 2025 e 2026.

O governo, por sua vez, alega limitações financeiras para conceder aumentos salariais neste momento. Em contrapartida, oferece um aumento no valor do auxílio alimentação, passando de R$ 658 para R$ 1000, bem como um aumento de 51% no valor per capita da Saúde Suplementar (de R$ 144,38 para aproximadamente R$ 215) e um ajuste no valor da assistência pré-escolar de R$ 321 para R$ 484,90. No entanto, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) reivindica não apenas o reajuste salarial, mas também a equiparação dos benefícios aos oferecidos aos servidores do Legislativo e do Judiciário, além da revogação de atos normativos implementados em governos anteriores.

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A Andes-SN ressalta a importância de investimentos públicos nas instituições federais de educação, destacando a necessidade de uma reorganização da carreira dos professores e a revogação de medidas restritivas de direitos implementadas nos últimos anos, incluindo aquelas de natureza previdenciária que afetam diretamente a aposentadoria, bem como medidas que limitam o exercício do direito de greve.

Segundo informações do sindicato, três instituições associadas já interromperam suas atividades. Mais 17 devem aderir à greve a partir de segunda-feira, enquanto cinco indicaram a possibilidade de greve futura e oito estão em estado de alerta para possível greve. Além disso, o sindicato dos docentes da UFMG também anunciou greve a partir desta segunda-feira.

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota informando que suas equipes têm participado ativamente das negociações em diversas mesas, incluindo a mesa nacional de negociação, as mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a mesa setorial que trata das condições de trabalho.

O MEC destaca que tem buscado alternativas para valorizar os servidores da educação, mantendo um diálogo aberto e respeitoso com as categorias. A nota também menciona o reajuste de 9% concedido a todos os servidores pelo governo federal no ano passado.

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Além das universidades, a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica inclui institutos, Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica, no RJ e MG), escolas técnicas vinculadas às universidades, o Colégio Pedro 2º e a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).

Os professores uniram-se ao movimento iniciado pelos servidores técnico-administrativos em educação em 11 de março, que já contava com a participação de trabalhadores de 50 universidades e quatro institutos, todos buscando a reestruturação do plano de carreira e a recomposição salarial para os cargos técnico-administrativos em educação.

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