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O Conselho Federal de Medicina (CFM) absolveu, nesta quinta-feira (18), o ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, das acusações que o levaram à cassação do seu registro profissional. A decisão, tomada por 22 votos a 1, abre caminho para o retorno de Santos à prática médica.
Em 2018, Santos ocupou o cargo de secretário de Saúde no governo de Wilson Witzel. Após deixar o posto, ele procurou a Procuradoria Geral da República (PGR) e firmou um acordo de delação premiada, revelando informações sobre fraudes no âmbito da pasta durante a pandemia da COVID-19. As denúncias de Santos contribuíram para a investigação de outros funcionários do governo Witzel e, posteriormente, culminaram no impeachment do ex-governador em 2021.
Em 2023, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) cancelou o título de médico de Santos, que também foi preso sob suspeitas de desvio de dinheiro público em contratos firmados durante a pandemia.
A defesa de Santos, liderada pelo advogado Marcelo Queiroz, sustentou a fragilidade das provas contra o ex-secretário e apresentou fatos e testemunhas que comprovavam sua linha defensiva. O CFM, após analisar as provas e os argumentos, reconheceu a insuficiência de elementos para condenar Santos e concedeu sua absolvição.