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Na semana passada, a família de Erika de Souza Vieira Nunes passou por uma situação extraordinária ao encontrar-se na agência bancária com o cadáver de seu tio. Em uma entrevista ao programa Fantástico, eles revelaram que Erika enfrenta desafios relacionados à sua saúde mental.
Erika foi detida na terça-feira passada (16) depois de levar o corpo de seu tio, Paulo Roberto Braga, em uma cadeira de rodas até os funcionários de um banco em Bangu, no Rio de Janeiro, com o intuito de sacar um empréstimo de R$ 17 mil. As imagens registradas dentro da agência chocaram a nação.
A família apresentou relatórios médicos emitidos por psiquiatras que a atenderam por meio do plano de saúde. Um laudo de 2022 indicou que ela é dependente de sedativos, enfrenta quadros de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas.
No ano anterior, outro psiquiatra também recomendou a internação devido à dependência de sedativos e hipnóticos. De acordo com Lucas Nunes dos Santos, um dos filhos de Erika, ela tentou tirar a própria vida várias vezes.
“Ela está passando por momentos difíceis, enfrentando transtornos. Recebe acompanhamento psicológico e psiquiátrico regularmente.”
Paulo foi sepultado no sábado (20), em um cemitério de Campo Grande, um bairro vizinho a Bangu, quatro dias após o seu falecimento. Apenas os familiares de Erika compareceram ao funeral.
A defesa argumenta que Erika está sendo punida antes mesmo de ser julgada: “O caso mal começou e já há uma punição prévia à sentença”, declara Ana Carla de Souza Correa.
“A defesa técnica, após conversas com Erika, compreende que ela realmente não aceitou a morte. É uma questão de negação, pois ela acredita que ele ainda está presente, já que ela ainda conversa com ele.”
Por outro lado, Fábio Souza, o delegado responsável pelo caso, acredita que Erika tinha consciência de que seu tio estava morto enquanto tentava sacar o empréstimo.
“Uma pessoa com problema psiquiátrico pode não entender que o tio está morto, mas certamente também não entenderia que tem que ir à agência pegar o dinheiro. A pessoa não pode ter uma consciência seletiva”, disse.