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18º BPM de Jacarepaguá relata falta de 38 fuzis no policiamento de áreas disputadas entre traficantes e milicianos no Rio

Imagem: Reprodução

O 18º Batalhão de Polícia Militar (Jacarepaguá), encarregado do policiamento em áreas disputadas entre traficantes do Comando Vermelho e milicianos, enfrenta diversos desafios, incluindo a escassez de fuzis e questões relacionadas à segurança no armazenamento de armas e munições. Um relatório obtido pelo jornal GLOBO revela que o oficial responsável pela Reserva de Armamento Bélico (Rumb) expressou preocupação com a necessidade de 38 fuzis adicionais para garantir a segurança das guarnições, que frequentemente se encontram desprovidas de armamento durante operações.

O documento também destaca que, dos fuzis disponíveis na unidade, dez estão retidos para análise pela Polícia Civil devido ao uso em confrontos. Além disso, há observações sobre a necessidade de melhorias na segurança da RUMB da 2ª Companhia (Cidade de Deus), onde o material bélico é armazenado.

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Outro ponto abordado no relatório é a falta de controle adequado de munições. Após uma análise, foi constatado que o batalhão possui 15,5 mil projéteis a menos do que o registrado no Sistema de Material Bélico (SistMatBel), uma ferramenta de controle online utilizada pela corporação. Esta discrepância inclui cerca de oito mil balas de pistola calibre .40 e três mil de fuzil calibre 7,62, que estão registradas no sistema digital, mas não estão presentes no estoque da unidade.

O oficial responsável pelo relatório destacou a necessidade de uma avaliação por parte das autoridades superiores em relação a esses dados discrepantes. O relatório, datado de março, foi enviado à PM, mas até o momento não houve resposta.

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Além disso, o oficial menciona que colegas de outras unidades também enfrentaram problemas com a defasagem de dados no SistMatBel, mas ressalta que este sistema continua sendo o oficial para o controle de material bélico, conforme estabelecido por uma resolução da Polícia Militar em janeiro.

O coronel Robson Rodrigues, ex-chefe do Estado-Maior da PM e um dos responsáveis pela implementação do SistMatBel, destaca a importância do sistema para prevenir desvios de munição, comparando sua simplicidade favoravelmente a outras tecnologias de segurança. Ele enfatiza a necessidade de um diagnóstico abrangente do sistema para melhorar o controle interno e combater qualquer atividade criminosa ou corrupção relacionada ao armamento.

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