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A instabilidade climática tem causado temporais no Rio Grande do Sul há mais de uma semana e está se deslocando em direção ao Sul do estado. A Climatempo emitiu um alerta para “perigo extremo de tempestades” nas regiões afetadas.
O alerta resultou na saída de parte da população de algumas cidades e levou as prefeituras a adotarem medidas de segurança, como o bloqueio de ruas, estradas e o cancelamento de aulas.
O aviso de “perigo extremo” implica em risco de alagamentos generalizados, chuvas de até 100 mm, ventos de até 100 km/h e possibilidade de granizo.
Segundo a Climatempo, nesta terça-feira (7), a frente fria responsável pelos temporais da semana passada se afasta para o oceano, mas são previstas tempestades devido a uma área de umidade proveniente da Amazônia e um sistema de baixa pressão sobre o Paraguai.
Na quarta-feira (8), uma segunda frente fria formada na Argentina deve se deslocar para alto mar, ocasionando chuvas em todo o território do RS.
Patrícia Cassoli, da Climatempo, destaca que a situação é delicada no extremo sul do estado devido ao tempo instável no início da semana somado à entrada de umidade. Ela ressalta também a atenção necessária para as regiões da Serra, Litoral Norte e Grande Porto Alegre devido ao aumento na condição de pancadas fortes, somado ao cenário de chuva extrema da última semana.
Na quinta-feira (9), é previsto tempo firme em algumas regiões, com sol e pouca nebulosidade. No entanto, as temperaturas podem ser baixas, especialmente na Serra.
Na sexta-feira (10), a chuva deve se espalhar por todo o Rio Grande do Sul, com o sol aparecendo entre muitas nuvens em algumas regiões. A situação é mais crítica nas regiões Oeste, Norte e Central, assim como na Região Metropolitana de Porto Alegre.
A previsão indica que as Regiões Norte e da Serra permanecerão em uma situação delicada, com chances de chuva a qualquer hora do dia. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, a chuva ocorrerá pela manhã, com o sol aparecendo à tarde e cessando a chuva até a noite.
Em relação à situação nos municípios afetados:
– Em Pelotas, cerca de 600 pessoas foram evacuadas, a maioria da colônia de pescadores Z-3. Cerca de 100 pessoas estão sendo abrigadas em locais improvisados, enquanto outras 400 estão hospedadas com parentes. As aulas universitárias foram canceladas e a estrada que liga a Colônia Z-3 à Praia do Laranjal está alagada.
– Em Rio Grande, cerca de 100 pessoas estão deslocadas de suas residências. As aulas nas escolas municipais foram canceladas, e autoridades de segurança estão atuando nas regiões das Ilhas, Torotoma, Marinhos e Leonídio. Ruas do Centro Histórico estão alagadas, e 47 animais foram resgatados.
– Em São José do Norte, a prefeitura orientou os moradores que vivem às margens da Lagoa dos Patos a deixarem suas casas. Ruas próximas à hidroviária da cidade estão alagadas.
– Em São Lourenço do Sul, aproximadamente 40 idosos foram resgatados de um lar próximo à Lagoa dos Patos. Cerca de 30 pessoas estão sendo abrigadas em um abrigo da cidade, e as ruas enfrentam bloqueios devido a alagamentos.