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Enchente em depósito de editora L&PM no Rio Grande do Sul causa danos a mais de 900 mil livros

Imagem: Divulgação

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As fortes chuvas que assolaram Porto Alegre comprometeram significativamente as operações da renomada editora gaúcha L&PM. Localizada na capital gaúcha, a sede da empresa enfrenta sérios problemas de acesso devido às inundações.

De acordo com Ivan Pinheiro Machado, diretor da editora, tanto o escritório principal quanto o depósito, onde são armazenados os livros, estão inacessíveis devido à situação caótica na região próxima ao aeroporto Salgado Filho. “Com 49 anos de história, contamos com um estoque de 900 mil livros, distribuídos em mais de 2.000 títulos ativos. No entanto, ainda não podemos calcular o tamanho do prejuízo, pois não conseguimos sequer entrar no depósito. A única forma de acesso é por barco”, lamenta.

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Inicialmente, estima-se que entre 30 mil e 40 mil livros tenham sido perdidos devido ao alagamento, que atingiu cerca de um metro de altura nas instalações. No entanto, a situação piorou com o passar dos dias, com a água voltando a subir. O papel, altamente sensível à umidade, está sofrendo danos significativos, tornando-se ondulado. Além dos livros, a editora enfrenta problemas com a perda de 40 computadores e a inatividade do sistema financeiro. “Já se passaram dez dias desde que não conseguimos emitir uma única nota fiscal”, destaca Pinheiro Machado.

Apesar do cenário desolador, o diretor reconhece que outras pessoas enfrentam situações ainda mais graves no estado, descrevendo a situação como “apocalíptica”. A cada viagem de barco aos prédios da editora, ele se depara com um rastro de destruição.

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Enquanto os lançamentos recentes da L&PM continuam sendo comercializados pela distribuidora Catavento, sediada em São Paulo e presente em outros estados, Pinheiro Machado descarta, por enquanto, a ideia de iniciar uma campanha de arrecadação de fundos para lidar com os prejuízos ainda incalculáveis. A estratégia atual é buscar renegociações com fornecedores para mitigar os danos.

A L&PM, fundada em 1974 por Pinheiro Machado e seu sócio Paulo de Almeida Lima, é reconhecida por sua coleção de quadrinhos e clássicos de bolso. Ao longo dos anos, publicou obras de renomados autores como Luis Fernando Veríssimo, Eduardo Galeano, Moacyr Scliar e Millôr Fernandes, além de dar voz a opositores do governo militar.

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