Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, afirmou, nesta quinta-feira (16/5), que não há risco iminente em relação ao abastecimento da população, mesmo diante da devastação das colheitas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Mello explicou que o cenário atual revela dificuldade no escoamento da produção agrícola devido a questões logísticas, como os bloqueios de estradas provocados pelas chuvas e a consequente dificuldade de acesso aos armazéns.
“Precisamos de mais informações para entender, mas as informações preliminares que nós temos indicam que a perda não é tão significativa. Portanto, do ponto de vista do abastecimento, não há nenhum risco imediato. O que estamos enfrentando é, momentaneamente, uma dificuldade no escoamento de uma produção já colhida”, afirmou Mello.
Com a possibilidade de aumento nos preços das produções agrícolas do Rio Grande do Sul, o governo federal autorizou a importação de até um milhão de toneladas de arroz para repor os estoques públicos, após as fortes chuvas que afetaram o estado, que é um importante produtor.
Mello destacou a preocupação do presidente Lula em manter os alimentos a preços acessíveis, sem altas expressivas que impactem negativamente os mais pobres, que destinam a maior parte de sua renda à alimentação.
Ele também mencionou que no ano passado os preços dos alimentos apresentaram deflação, e que o recente aumento nos preços está concentrado em alguns produtos, influenciado por eventos climáticos.
Além disso, Mello informou que está sendo desenvolvido um sistema de monitoramento constante de preços, produção, safra, exportação e importação em conjunto com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
“Estamos criando um mecanismo de inteligência para que o governo possa antecipar potenciais problemas e utilizar as ferramentas disponíveis para minimizar grandes flutuações nos preços dos alimentos”, explicou.
Segundo ele, atualmente não há nenhuma informação específica que demande atenção especial.